Em pronunciamento nesta quarta-feira (9), o senador Carlos Viana (MDB-MG) criticou a interrupção durante uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Curitiba, no último sábado (5), por pessoas que protestavam contra o racismo no Brasil.
— O Padre Luiz Rassi, de 74 anos, que celebrava a missa no momento em que o grupo invadiu o local e que teve de encerrar a celebração, disse: "uma situação insuportável. Barulho muito grande. Pedimos que abaixassem o som lá fora, saíssem da escadaria. Começaram a dizer que a igreja era dos negros. Suspendi a missa porque não tinha como, não era horário para fazer protesto" — relatou.
O senador lamentou o ato que obrigou que o padre encerrasse a cerimônia. Para o senador, isso foi uma “ação coordenada, criminosa e que precisa ser repudiada, sob pena de retrocesso em nossa democracia”.
Carlos Viana mostrou-se surpreso por não haver nenhuma manifestação de repúdio do Partido dos Trabalhadores ou até mesmo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e ressaltou que “não pode deixar que essa invasão à Igreja Católica passe em branco e não seja punida da forma como deveria”.
— Não faz parte da democracia a invasão de templos. Não faz parte da democracia protesto de qualquer natureza em templos, muito menos, ainda, não é direito democrático de qualquer cidadão, com mandato ou não, interromper culto religioso sob qualquer pretexto. Não cabe a mim ditar regras a partido de ninguém, mas convenhamos: o PT deve uma resposta contundente aos mais de 85% dos cristãos brasileiros, especialmente aos católicos, que sempre estiveram tão perto do partido. É o ato indecoroso, e não a sua repercussão, que deve indignar e chocar — cobrou.
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