Em pronunciamento ,nesta quinta-feira (10), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a continuidade da Lei de Cotas (Lei nº 12.711, de 2012), que garante a reserva de vagas para negros, pardos, indígenas, pessoas com deficiência, alunos de baixa renda e estudantes de escolas públicas em universidades públicas e institutos federais. A norma completa dez anos de vigência em agosto.
Para o senador, renovar as cotas é uma questão de justiça social, propiciando o desenvolvimento de toda a sociedade brasileira.
— A prática tem mostrado que essa lei está sendo decisiva para a inclusão de pessoas que antes não tinham o acesso devido as universidades. O perfil demográfico da população acadêmica brasileira mudou muito — afirmou.
Paim ressaltou que o Brasil é um dos países mais desigual do mundo, marcado por enormes problemas sociais e econômicos. Ele destacou pesquisa do Censo do Ensino Superior, de 1997, que mostra que apenas 1,8% dos jovens pretos e pardos frequentavam algum curso superior no país. Já entre 2010 e 2019, período das cotas, esse número cresceu 400%, correspondendo hoje ao total de 38,15% de matrículas nas universidades públicas.
O senador ainda pediu a aprovação de requerimento para a realização de sessão especial, a ser realizada em agosto, enaltecendo a lei e seus avanços fundamentais.
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