O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (15), o projeto que dá o nome de “Estúdio Carlos Alberto Pereira” ao estúdio da TV Senado no Salão Azul (PRS 62/2020). A iniciativa é do ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), relatada pela senadora Leila Barros (Cidadania-DF), e tem por objetivo homenagear Carlos Alberto Pereira da Silva, repórter cinematográfico da TV Senado, desde 1994 – quando a emissora era apenas uma central de vídeo, que faleceu, vítima da covid-19.
Leila destacou que Carlos Alberto era um profissional competente, muito querido e admirado pelos colegas. A senadora também lembrou que ele foi a primeira vítima fatal da covid-19 no Senado. Conforme relatou Leila, Carlos Alberto foi internado no dia 25 de julho de 2020, no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, logo que teve os primeiros sintomas da doença. Ele morreu no dia 13 de agosto.
— Esta homenagem é não apenas reconhecer a contribuição de Carlos Alberto Pereira da Silva para a comunicação do Senado, mas também rememorar todos os brasileiros e brasileiras que morreram vítimas do coronavírus – ressaltou a senadora, ao lembrar que também nesta terça foi inaugurado um Memorial em homenagem às vítimas brasileiras da pandemia.
Carlos Alberto nasceu em Anápolis (GO), no dia 8 de agosto de 1956. Ele formou família e fez carreira em Brasília, onde trabalhou na antiga Radiobras, na extinta TV Manchete, na TV Record e na TV Câmara. Deixou a TV Senado por um curto período, entre 2003 e 2006. Em 2014, o programa EcoSenado, com o qual ele colaborou, venceu como Melhor Reportagem Cinematográfica na etapa distrital do 6º Prêmio Sebrae de Jornalismo.
No dia de sua morte, o então presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e muitos outros senadores manifestaram pesar. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que “Carlos Alberto, com o seu sorriso e com o seu carisma, fará muita falta para nós”. Carlão, como era carinhosamente chamado pelos colegas e amigos, deixou esposa, seis irmãos, cinco filhos, oito netos e uma legião de amigos e admiradores.
Um de seus irmãos, Luiz Carlos Pereira da Silva, também é repórter cinematográfico da TV Senado. Ele conta que entrou na profissão por influência do seu irmão. Luiz Carlos havia passado em um concurso para a polícia, mas Carlão o demoveu da ideia, ao lhe apresentar o mundo das imagens e conseguir um emprego para ele em uma produtora de vídeo.
— Essa é a principal lembrança que tenho dele. A alegria dele era contagiante – lembra, com carinho.
Segundo Luiz Carlos, o irmão era muito dedicado à família e também amava a música, chegando a aprender a tocar viola sozinho. Luiz Carlos ainda afirma que ele e toda a família, “principalmente a esposa e os filhos”, se sentem lisonjeados com a homenagem do Senado. Para ele, a homenagem é “muito justa, pois ele trabalhou a maior parte de sua carreira na TV Senado”.
— Ele amava trabalhar na emissora, que ele também ajudou a fazer nascer e crescer junto com ele.
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