Foi-se o tempo em que o treinamento de glúteos tinha apenas a estética como meta final. Fortalecer o bumbum, que está dividido em três partes - glúteo máximo, médio e mínimo - ajuda na estabilidade da pelve e da coluna vertebral. Além disso, treinar essa região do corpo auxilia no controle de todos os movimentos corporais, incluindo os mais intensos, como na prática de esportes, e os mais simples do dia a dia, como caminhar, sentar, subir, descer, abaixar, empurrar e puxar.
"Houve uma grande evolução científica em relação àquilo que se pregava antes. Hoje se sabe que não existe glúteo forte com abdômen, assoalho pélvico e musculatura dorsal (costas) fracos. É preciso ter uma estrutura firme que sustente a alavanca de força, mantendo o alinhamento do quadril e a curvatura neutra da coluna para realmente ativar os glúteos", explica Leisa Canova, professora da Cia Athletica.
Os exercícios focados nos glúteos têm como objetivo centralizar o corpo e favorecem o alinhamento das articulações, a prevenção de lesões e a desaceleração dos processos degenerativos. E para conseguir esses benefícios é necessário que outros grupos musculares trabalhem em sinergia. É preciso fortalecer diversas regiões do corpo para obter resultados estéticos e funcionais nos glúteos.
Para que qualquer treinamento seja eficaz, é essencial ter concentração. A especialista afirma que é necessário atingir a sinestesia e sentir a percepção do movimento. Entender os movimentos e os limites do corpo evitam erros na execução dos exercícios e faz com que a pessoa gaste a quantidade certa de energia em determinada atividade.
"Treinar glúteos é muito mais complexo do que se imagina. Não basta empurrar e puxar peso sem levar em consideração o fortalecimento do corpo como um todo", conclui Leisa.
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