Março traz entre os marcos a conscientização sobre a importância de prevenir o câncer do colo do útero. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2020, a doença foi o terceiro tipo de câncer diagnosticado e a quarta maior causa de morte de mulheres no Brasil. Paradoxalmente, nesse mesmo ano, a rede de centros médicos dr.consulta registrou uma queda de 9% nos atendimentos ginecológicos, além da realização de exames preventivos anualmente, que ajudam na detecção da infecção causada pelo HPV e possíveis alterações no colo do útero.
Em 2021, com diminuição das restrições, foi identificado um aumento de 20% na busca por consultas e, nos dois primeiros meses de 2022, já está na média de atendimentos por mês em relação ao ano anterior.
Dra. Paula Morgensztern, ginecologista do dr.consulta, reforça que as idas às consultas precisam ser realizadas anualmente. “É importante que, quem deixou de fazer o acompanhamento nesses últimos dois anos, retorne o quanto antes, pois alguns problemas ginecológicos podem ser assintomáticos. É necessária a realização da consulta de rotina e de exames preventivos para identificar possíveis problemas em fase inicial, como infecção genital pelo vírus HPV que, em alguns casos, pode evoluir para o câncer de colo de útero”, afirma a médica.
O papilomavírus humano (HPV) pode ser facilmente identificado por meio do Papanicolau. No entanto, a busca pelo exame teve uma queda de 18% em 2020. Já em 2021, houve um aumento de 14%. O procedimento é importante para a detecção precoce de lesões que antecedem o aparecimento da doença e sua indicação é que ele seja feito uma vez por ano ou a cada seis meses no caso de diagnóstico anterior de HPV. Quando realizado regularmente o exame permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pelo câncer do colo do útero.
“Algumas pacientes que deixaram de fazer o acompanhamento durante a pandemia retornaram ao consultório no último ano e já apresentavam algumas lesões avançadas. Vale sempre alertar a todas as mulheres que a doença evolui de forma lenta e, se descoberta na fase inicial, tem mais chance de ser diagnosticada e tratada com maior eficiência”, reforça Dra. Paula.
No dr.consulta, os diagnósticos de HPV, tanto os leves como os de lesão grave, registraram um aumento de 18% em 2021. O perfil das pacientes em sua maioria tem entre 20 e 39 anos.
Atualmente, vários estudos indicam que a vacina contra HPV é considerada como uma possível maneira de prevenir o câncer de colo de útero. Ela protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
No dr.consulta, a busca pela vacina HPV Quadrivalente nos dois primeiros meses de 2022 teve um aumento significativo de 47%. Vale ressaltar que em 2021, o Ministério da Saúde ampliou a abrangência da vacinação gratuita para mulheres imunossuprimidas até 45 anos. Anteriormente era até os 26 anos. Para os homens, permanece nesta faixa etária.
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