Segundo o autor principal do estudo, o professor Michael Demetriou, professor de neurologia da UCI, as descobertas podem significar uma “potencial fonte da juventude para o sistema imunológico”. Os resultados da pesquisa foram revisados por pares e publicados na revista Nature Aging.
Proteínas prejudicam células T
A pesquisa mostrou que a imunidade das células T diminuiu com o envelhecimento, o que aumentou a gravidade e a mortalidade de infecções por doenças infecciosas em idosos. As células T são como “capitãs” do sistema imunológico, coordenando a resposta imune para combater infecções.
Conforme os anos passam, as proteínas ganham cadeias de carboidratos complexas e ramificadas, conhecidos como glicanos, que suprimem a função das células T. Este efeito, inclusive, acontece em maior número em mulheres do que em homens.
“Nossa pesquisa revela que reverter a elevação nos glicanos ramificados rejuvenesce a função das células T humanas e de camundongos e reduz a gravidade da infecção por Salmonella em camundongos fêmeas velhas”, disse Demetriou.
Novas terapias em potencial
De acordo com os pesquisadores, isso sugere novos alvos para potenciais terapias para recuperação do sistema imunológico de idosos. Atualmente, os idosos são as maiores vítimas de doenças infecciosas. Por exemplo, nos Estados Unidos, apesar de os idosos serem apenas 15% da população do país, eles são 89% das vítimas fatais da Influenza anualmente.
Além de infecções virais, o sistema imunológico dos idosos também é mais vulnerável a infecções bacterianas, comuns, como a Salmonella. E para piorar, a eficácia de vacinas diminui com a idade, o que aumenta ainda mais o risco de infecções em adultos mais velhos.
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