Poucas pessoas ao redor do mundo, no entanto, vão conseguir ver o fenômeno a olho nu e de forma nítida. Ele só poderá ser observado por quem estiver no extremo sul da América do Sul, onde será mais intenso, abrangendo entre 40% e 54% do disco do Sol. Outras regiões do planeta onde o evento poderá ser visto são algumas áreas da Antártica e na parte sul dos oceanos Pacífico e Atlântico.
Para quem fizer questão de acompanhar, haverá uma transmissão em tempo real no canal do Observatório Nacional no Youtube, a partir das 15h – 45 minutos antes do início do eclipse.
A transmissão será apresentada por Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, que vai explicar como ocorrem os eclipses, além de disponibilizar imagens de outro fenômeno solar, visto a partir de Marte. “São imagens obtidas do ponto de vista marciano, flagradas pelo rover Perseverance, que está em Marte. O vídeo mostra o momento em que a lua Fobos passou em frente ao Sol. É imperdível”, disse a astrônoma em entrevista à Agência Brasil.
Como acontece um eclipse solar
Eclipses solares acontecem quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra, em torno da qual se define a sombra mais clara, a penumbra, na qual a luz solar é parcialmente bloqueada.
Se o observador estiver na estreita faixa da Terra atingida pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se estiver na área atingida pela penumbra, verá como parcial. “E nos casos em que não há definição da umbra, como os eclipses solares de 2022, temos somente eclipse parcial”, explicou Josina.
Em média, um eclipse total do Sol ocorre a cada 18 meses, mas por serem visíveis somente em estreita faixa sobre a Terra, parecem muito raros.
O Observatório Nacional tem outra live programada para o mesmo dia. Mais cedo, às 4h da madrugada, o canal mostrará imagens da conjunção entre os planetas Júpiter e Vênus, também com apresentação e comentários de Josina Nascimento.
Como o fenômeno continuará pelos próximos dias, outra transmissão será feita no domingo (1º), no mesmo horário. “As lives sobre essa conjunção serão muito especiais porque mostrarão algo que não é visível a olho nu: a participação de Netuno nesse alinhamento”, disse Josina. “Isso será possível porque mostraremos imagens captadas a partir dos telescópios de astrônomos profissionais e amadores, parceiros do Observatório”, completou.
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