A inclusão social de mulheres soropositivas é o tema de debate que será realizado na próxima terça-feira (29), em alusão ao Dia Mundial de Zero Discriminação, comemorado em 1º de março. O objetivo é discutir a importância de políticas públicas que promovam maior inclusão social de mulheres soropositivas, combatendo a discriminação e as desigualdades sociais que afetam esse grupo em várias esferas da sociedade.
A data integra campanha do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids, proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 2013, com foco no combate a todas as formas de discriminação. Em 2020, o estudo “Nós temos o poder” revelou que a epidemia de HIV na população feminina é acentuada pelas desigualdades sofridas por meninas e mulheres.
Apesar do desenvolvimento de novas pesquisas e da ampliação do acesso ao tratamento, a Aids ainda é a causa principal da morte de mulheres entre 15 e 49 anos em todo o mundo. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que a maior concentração dos casos da doença está entre jovens de 25 a 39 anos, representando 52,4% de pessoas do sexo masculino e 48,4% do sexo feminino, do total de casos registrados.
O debate foi solicitado pela deputada Érika Kokay (PT-DF), que integra a Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às DST/HIV/Aids e Hepatites Virais, para integrar a campanha Março Mulher, da Secretaria da Mulher da Câmara.
Debatedores
Foram convidadas para o debate:
- Claudia Fonseca Santamina, doutora em Psicossociologia de Comunidades pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutoranda em Saúde da Mulher no Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz;
- Ângela Tayra, enfermeira da Gerência de Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual DST/Aids, de São Paulo;
- Pisci Bruja Garcia de Oliveira, antropóloga social, que estuda a percepção da cura do HIV entre pessoas trans, travestis e negras;
- Renata Soares de Souza, secretária Política do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP);
- Silvia Andrea Viera Aloia, secretária de Mobilização de Recursos do MNCP;
- Gerson Fernando Mendes Pereira, diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde; e
- Claudia Velasquez, diretora e representante do Programa das Nações Unidas contra o HIV e aids, Unaids Brasil.
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