Nesta terça-feira, 7 de junho, o mercado brasileiro do boi gordo ensaiou os primeiros movimentos de preços mais firmes esperados para o segundo semestre do ano, quando o período seco tende a ficar mais intenso, resultando em maior escassez de bons pastos e, consequentemente, em menor oferta de boiadas gordas alimentadas com capim.
Segundo apuração da IHS Markit, escalas de abate das indústrias registraram recuo em algumas regiões quando comparadas às condições de volumes programados nas semanas anteriores.
“Algumas praças já registram queda nos volumes de animais disponíveis para abate, haja visto que em maio havia relatos de escalas alongadas em 20 dias”, relata a IHS. “Essa toada dá possibilidades de guinadas positivas nos preços da arroba do boi gordo praticados em alguns estados”, afirmam os analistas.
No entanto, no curtíssimo prazo, há previsão de uma nova frente fria que avança do do Sul para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com possibilidades de geadas.
“Assim, muitos pecuaristas devem continuar ofertando os seus último que lotes remanescentes de animais terminados a pasto, de modo a evitar perda de peso”, prevê a consultoria.
Nesta terça-feira, a IHS Markit observou avanço nos preços do boi gordo em Dourados (MS), com a arroba cotada em R$ 285, ante o valor de R$ 280 do dia anterior.
Em Campo Grande (MS), a arroba do boi gordo foi de R$ 275 para R$ 280.
“No MS, há relatos de indústrias frigoríficas paulistas que buscam originar gado terminado no estado, de modo a repor volumes que já não são possíveis em serem demandados em SP diante da oferta enxuta”, observa IHS.
Na praça do Rio Verde, em Goiás, a arroba do boi gordo subiu de R$ 270 para R$ 275.
Em Belo Horizonte (MG), a arroba saltou de R$ 265 para R$ 270.
Os analistas da IHS Markit observam que a guinada nos preços do mercado físico da arroba do boi gordo está atrelada fundamentalmente ao comportamento cambial e ao ritmo das exportações brasileiras de carne bovina.
“Com o dólar recuando ao patamar abaixo dos R$ 4,75/R$ 4,70, os preços da carne brasileira perdem competividade no mercado internacional, limitando maiores volumes de negócios”, relata IHS.
Segundo a consultoria, neste momento, o mercado aguarda os dados compilados das exportações de maio, ainda não divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Segundo dados levantados pela Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, as compras de boiadas gordas desta terça-feira ocorreram paulatinamente, buscando preencher as escalas de abate da próxima semana.
Apesar dos negócios calmos, diz a Scot, a recente pressão de baixa dá sinais de menor força e negócios abaixo da referência não foram reportados. Dessa maneira, os preços trabalharam estáveis em São Paulo.
Boi, vaca e novilha gordos têm sua referência mantida em R$ 297,00/@, R$ 272,00/@ e R$ 292,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Os preços para o boi-China seguem firmes em R$ 305,00/@, informa a Scot.
Cotações máximas de machos e fêmeas desta terça-feira, 7 de junho
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)
GO-Sul:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
MG-Triângulo:
boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)
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