Eloá nasceu as 09h23 desta quarta-feira (13), de parto normal, no Centro Obstétrico (CO) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Estado do Pará (FSCMP), a maior maternidade pública do Norte do Brasil. No mesmo dia, Juliana Augusta Pinto, 19 anos, nervosa e cansada, também contava com o apoio da mãe, a doméstica Raimunda Claudia Barros, 45 anos, no momento pré-parto. “Mas eu sei que era muita gente ajudando”, contou Juliana, já deitada em um leito no Alojamento Conjunto (AC), enquanto amamentava seu bebê e mencionava o quanto o pai da criança, o estudante do ensino médio Wagner Felipe Nascimento, 18 anos, estava emocionado.
Referência em atendimento a gestantes, sobretudo quando a gravidez apresenta riscos, a equipe mobilizada para o trabalho de parto é multiprofissional. Entre os especialistas estão fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Nesta quarta-feira, 13 de outubro, é o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.
Juliana Pinto, por exemplo, sentia medo de sofrer com as dores antes e durante o nascimento do bebê. Algumas das estratégias adotadas são o controle da respiração e a técnica com a bola suíça, para a melhoria da mobilidade pélvica.
De acordo com a fisioterapeuta Polyana Martins, especialista em Fisioterapia Pélvica, esse atendimento representa benefícios significativos não só no parto, mas durante a gravidez e no puerpério. “Existe um trabalho global possível de conscientização do próprio corpo, que pode atuar em estímulos que fortalecem a musculatura, diminuem sensações dolorosas, aceleram cicatrização, atuam em funcionalidade. Isso diz respeito à mulher e à própria família, para entender a gestação e o pós-parto, tanto no parto normal, quanto na cesariana”, explicou a profissional.
Vínculos- Já os terapeutas ocupacionais participam da ambientação dos acompanhantes e do fortalecimento dos vínculos entre pais e recém-nascidos. A terapeuta Ingrid Galvão explicou que a ênfase na intervenção do terapeuta ocupacional é o desenvolvimento do recém-nascido, daí a importância da família no cuidado com os bebês prematuros.
"Eles ainda não estão preparados para a quantidade de estímulos existente no mundo, e para proteger esse desenvolvimento evitamos que o recém-nascido seja exposto a estímulos agressivos. Ao mesmo tempo, promovemos estímulos importantes ao seu desenvolvimento saudável. A família tem um papel importantíssimo na promoção desse desenvolvimento, por isso é tão importante trabalhar junto com os familiares, para que possam aprender como tocar no bebê, como cuidar dele, quais tipos de estímulos são importantes para que ele se desenvolva da maneira mais saudável possível, como o cheiro e a voz da mãe, assim como o toque do pai e dos familiares. Isso vai repercutir no desenvolvimento do bebê pelo resto da vida”, acrescentou.
Atuações– Na Santa Casa, atualmente estão em atividade 59 fisioterapeutas e 12 terapeutas ocupacionais, nos mais diversos serviços do Hospital.
A maternidade é só uma das possibilidades de atuação em uma instituição que dispõe de Unidades de Terapia Intensiva (UTIS), centros cirúrgicos, ambulatórios, unidades de reabilitação, polos de transplante de órgãos, tratamento de Covid-19 e centros de ensino e pesquisa.
Nesta quarta-feira (13), em seu auditório, a Santa Casa promoveu o 1º Encontro de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, para o público interno e convidados. A programação incluiu palestras técnicas, debates e apresentações culturais.
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