Em continuidade às ações referentes à campanha nacional Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, a equipe da Fundação ParáPaz desembarcou, na manhã desta sexta-feira (17), na Ilha de Cotijuba – que integra a parte insular de Belém -, após uma viagem de 40 minutos de barco, partindo do distrito de Icoaraci.
Diversos serviços destinados ao público em geral, mas principalmente aos jovens, foram oferecidos gratuitamente na Escola Estadual Prof. Marta da Conceição, das 8 às 12 h. Na programação estavam o Projeto “Capacita Mais Pará”, que promoveu dois cursos de capacitação profissional para cerca de 30 alunos, abordando temas como Criatividade; Elaboração de currículo; Formação de equipes e Convivência. A capacitação possibilita aos jovens em situação de vulnerabilidade social condições para acessar o mercado de trabalho.
A iniciativa foi aprovada pelo estudante Vitor Rafael Araújo, 15 anos, que recebeu o certificado. “Esse foi meu primeiro curso, e gostei muito porque aqui tem muitos jovens e não temos oportunidade como essa. Por mais que eu seja novo, é sempre bom participar com o que oferecem, porque eu vou precisar no futuro”, disse Vitor Araújo.
A diretora de Políticas Sociais Liani Dias acompanhou a ação, destacando a importância dessas ações na vida dos adolescentes. “Eles sentem muita dificuldade em relação à capacitação profissional, até por conta do deslocamento até Belém. Por isso trouxemos cursos profissionalizantes e acesso à emissão de documentos, como a carteira profissional digital e o ID Jovem. Oferecemos, também, atendimento psicossocial e nutricional”, informou.
Balcão da inclusão- O acesso aos documentos é viabilizado pelo Projeto “Balcão da Juventude”, bastante procurado durante a programação, onde o jovem pode emitir a 2ª via do CPF, do NIS e do cartão SUS, e tem acesso à elaboração de currículo, teste vocacional e emissão da 1ª via da carteira de trabalho digital.
Alívio e alegria- Natan de Almeida, 21 anos, que estava há muito tempo em busca do documento. “Não esperava que fosse conseguir porque já tento há muito tempo, mas hoje volto pra casa mais aliviado”, declarou.
Aos 66 anos, e moradora da ilha há 40, a dona de casa Maria Paula Figueiredo levou seus três bisnetos para as atividades infantis da programação, que incluiu pintura, brincadeiras e contação de histórias. Ela disse que ficou feliz ao vê-los interagindo com outras crianças. “Todos eles adoram ver livros, pintar, e estão se divertindo muito aqui porque fazia tempo que não pintavam desse jeito. Eles vão lembrar desse dia por muito tempo. Tá fazendo um bem muito grande”, afirmou a moradora.
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