Como forma de homenagear os profissionais que cuidam da saúde e ajudam no prolongamento da vida, os pacientes do Hospital Público Estadual Galileu - HPEG, na Região Metropolitana de Belém -, usaram recursos tradicionais para agradecer os cuidados dos médicos nesta segunda-feira (18), data em que se comemora o dia desses profissionais. Os usuários da unidade escreveram cartas para expressar o sentimento de gratidão e carinho pelos médicos.
Referência do Governo do Estado em traumas ortopédicos, a unidade mantém alto índice de pacientes de longa permanência, que, durante a interação, criam fortes vínculos com os profissionais de saúde. Há dois anos, Kenia Siqueira Linhares, de 44 anos, deu início ao tratamento de osteomielite - infecção conhecida como “morte do osso”, causada pela ausência de circulação de sangue. Neste dia do médico, ela homenageou o ortopedista Marcus Preti. “Quando cheguei aqui, perguntei para ele qual seria o procedimento. E logo, ele respondeu: não estudei para amputar a perna de ninguém, e sim, para fazer a pessoa voltar à vida normal”, relatou a paciente.
Ao passar do tempo, o relacionamento entre eles, gradativamente, foi se estreitando, até se formar um elo de amizade e admiração. “Ele me passou segurança e confiança em todo o tratamento. Disse que eu não perderia a minha perna. E até hoje isso não aconteceu. Nesta data, quero agradecer por tudo que ele tem feito por mim e para outros pacientes”, disse Kenia.
Ao receber a carta da paciente, o médico foi surpreendido pela iniciativa. “Eu trabalho no Galileu há quatro anos, e pra mim, é uma alegria acordar para estar aqui neste lugar. Onde todos os processos evoluem e a gente sabe o quão bem a gente faz aos nossos usuários que buscam tratamentos de ortopedia no Pará”, comentou Marcus Preti. Para o especialista, prestar um atendimento de alta qualidade faz parte de sua missão. “Eu penso que não é nada mais que obrigação minha e de toda a equipe médica estar prestando um serviço no sistema SUS com humanização, dignidade e afeto para que o paciente possa voltar às suas atividades”, completou o ortopedista.
O autônomo Antônio Maria Peixoto, 50 anos, morador do município de Capanema, no nordeste paraense, fraturou a perna direita e está há um mês na unidade. “Fico muito feliz por saber que deu tudo certo na cirurgia e que foram esses médicos que auxiliaram tudo isso. Hoje agradeço tudo o que eles têm feito por mim”, frisou.
INICIATIVA
As cartas aos médicos fazem parte de uma iniciativa do setor de Humanização do Galileu. “Hoje é dia de agradecer aos profissionais que dedicam anos de suas vidas estudando e se esmerando para ajudar a prolongar a saúde das pessoas. Percebemos com essas cartas que, não é apenas os profissionais que ganham com essa ação, mas também os pacientes. É uma forma deles agradecerem por todo o esforço que o corpo médico do Galileu tem feito para garantir a reabilitação e um tratamento de excelência aos seus usuários”, observou a enfermeira Anny Segóvia, supervisora de Humanização da unidade.
PERFIL
Lucas Geralde, coordenador médico do Galileu, explica que o perfil dos pacientes da unidade é de pessoas vítimas de traumas, causados ou por acidentes de trânsito, arma de fogo ou arma branca. “Nós, médicos, temos uma rotina no Galileu para proporcionar um atendimento individualizado, multiprofissional para reabilitação desses pacientes, seja através de cirurgias, medicamentos ou curativos. O nosso grande desafio na unidade é devolver os usuários aos seus lares devidamente capacitados para executarem todas as atividades que faziam antes do acidente”, enfatizou o médico.
A unidade, neste mês, passou a ser gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia- ISSAA, organização social genuinamente paraense, que tem como tripé de gestão a assistência qualificada, humanizada e transparente. “Pequenas iniciativas são de grande efeito no dia a dia de todos os profissionais. Na atual administração, vamos intensificar os projetos de humanização dentro do Galileu. Os médicos mantêm uma rotina agitada, com inúmeros desafios para salvar vidas, e ouvir um ‘muito obrigado', que é de grande valia para esses profissionais”, detalhou Alexandre Reis, diretor executivo do Hospital Galileu.
*Texto de Roberta Paraense (Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia- ISSA)
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