O Dia Estadual do Ciclista, comemorado em 22 de Setembro, foi lembrado com ação educativa pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Agentes de fiscalização e servidores da Coordenadoria de Educação do órgão abordaram ciclistas que trafegam diariamente pela Avenida Augusto Montenegro, em Belém, com destino ao trabalho, para alertar sobre os fatores de risco nas vias. A ação faz parte da programação da Semana Nacional de Trânsito, coordenada pelo Detran, que prossegue até o próximo dia 25 (sábado).
O diretor Técnico-Operacional do Detran, Bento Gouveia, destacou que, além de ser um dia alusivo ao ciclista, 22 de Setembro também é o Dia Mundial sem Carro. “Unimos as duas coisas para chamar a atenção da população. Em Belém, apenas um terço das pessoas possui veículo, e é uma cidade plana, onde se usa muito a bicicleta. É um modal que contribui para o meio ambiente, e ajuda na sobrevivência financeira de muitos trabalhadores. A bicicleta pode ser um caminho para a definição de políticas públicas para o trânsito das cidades”, destacou o gestor.
Durante a ação, os ciclistas receberam 78 capacetes e 74 sinalizadores (luzes de LED traseira), equipamentos de segurança que ajudam a identificar a presença desse profissional na via, evitando acidentes. “Muitas vezes o acidente ocorre porque eles não são vistos e não possuem uma via exclusiva. É preciso ter mais respeito por essa categoria, e dar mais condições para que o ciclista se desloque com segurança”, ressaltou Bento Gouveia.
Usuários- A ação chamou a atenção de quase 200 ciclistas trabalhadores abordados pelas equipes do Detran. A doméstica Nazilda Araújo, 48 anos, há sete anos se desloca de bicicleta para o trabalho. Para ela, o maior perigo do trânsito de Belém é a falta de ciclovia. “Os motoristas dos carros avançam na gente onde não tem ciclovia. Ainda é preciso muita conscientização”, disse Nazilda.
Clébson Moreira, 44 anos, trabalha com venda de frango no bairro Parque Verde. Quando ganhou o capacete da equipe do Detran, fez questão de colocar logo o equipamento. “A gente anda com medo porque, vez ou outra, presencia acidente. Sempre tem aquele medo, mas é preciso usar a bicicleta pra sobreviver. Esse equipamento, a partir de agora, vai ser um grande aliado da nossa segurança”, garantiu.
O eletricista Erisvaldo da Silva, 33 anos, prefere ir para a empresa onde trabalha de bicicleta por considerar esse meio de transporte mais rápido e econômico. “Precisa melhorar as ciclovias e ter mais consciência para evitar as mortes no trânsito. Ações como essa que o Detran está fazendo agora incentivam o ciclista a trafegar com mais segurança”, avaliou Erisvaldo da Silva.
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