O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) está participando da InterForensics 2021, considerada uma das mais importantes conferências mundiais de Ciências Forenses, sendo o evento de referência no Brasil. A conferência está sendo realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, entre 2 e 5 de novembro.
Coordenado pela Academia Brasileira de Ciências Forenses (ABCF) com o apoio da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), o encontro objetiva gerar informação técnico-científica e apresentar novas ferramentas da indústria, agregando-as ao cotidiano dos peritos e ao meio jurídico. Como representantes do CPC estão a direção-geral e dos institutos, além dos peritos que apresentarão trabalhos científicos.
O destaque para a participação do CPCRC no evento se dá pelo reconhecimento da equipe do Laboratório de Genética Forense. Representada pela perita criminal Elzemar Rodrigues, a equipe recebeu o terceiro lugar em inserção de perfis genéticos de condenados de Justiça no banco de dados, tanto em números absolutos, que retratam a quantidade de perfis genéticos neste banco de dados, quanto em números relativos, que levam em consideração o tamanho da população carcerária e número de peritos no laboratório.
Além disso, peritos de várias áreas de conhecimento do Centro estiveram presentes para contribuir apresentando seus trabalhos científicos e contemplando a apresentação de colegas de profissão de outros estados. A primeira apresentação foi feita na Conferência Internacional em Engenharia Legal (IFCE), em um minicurso ministrado pelo perito Alberto Sá, do Núcleo de Engenharia Aplicada, sobre o software Orange e suas aplicações para a Engenharia Forense. O perito também palestrará sobre as causas e consequências do caso do desabamento da ponte do Rio Moju, em 2019, explicando os fatores que auxiliaram a perícia a entregar um laudo com significativa agilidade.
Na mesma conferência, o perito criminal Orley Cruz apresentará outro caso de relevância para o estado, as causas do desabamento de uma caixa d’água de 500 mil litros, no município de Almeirim.
O perito criminal Mariluzio Araújo, do Núcleo de Imprensão Datiloscópica, compartilhou o trabalho de pesquisa o qual participou, desenvolvido pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), sobre a questão da criminalidade no município de Ananindeua, tendo como referência os agentes de Segurança Pública e Justiça do município, em que foram levadas em conta também as perspectivas dos peritos sobre o assunto.
O perito Mario Guzzo fará sua apresentação sobre a Implantação da atividade de Inteligência na Perícia Criminal brasileira, mostrando qual seu papel, quais os principais desafios a serem enfrentados e quais as perspectivas para o futuro.
“O estado do Pará foi um dos pioneiros na implantação da inteligência pericial, sendo um dos seis estados onde ela está formalmente instituída e inserida dentro do subsistema de inteligência. A palestra busca despertar a ideia da atividade de inteligência na perícia criminal e conscientizar operadores forenses e gestores da importância da implantação deste serviço a nível nacional”, afirmou o perito, responsável pelo setor de inteligência da instituição.
Para o diretor-geral e perito criminal, Celso Mascarenhas, "a perícia do Pará mostra o quanto evoluiu em 3 anos de gestão, temos vários trabalhos dos nossos peritos em exposição. Toda a gestão está presente neste evento, Instituto Médico Legal, Instituto de Criminalística e Coordenação das Regionais, confirmando nosso apoio com o engrandecimento do órgão”.
A InterForensics ocorre a cada dois anos e sua primeira edição foi em 2017. A programação é formada pelas mais diversas áreas da perícia forense e é composta por várias conferências internacionais, dentre os assuntos tratados estão balística forense, odontologia legal, patrimônio histórico cultural, investigação de cena de crime, antropologia forense, crimes cibernéticos, geologia forense e crimes minerários, entre várias outros. A diretora do Instituto de Criminalística, Isabela Barretto, afirma que “um evento dessa grandeza é de extrema importância para a perícia, sendo uma oportunidade ímpar para atualização e troca de informações na área forense”.
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