Trezentas e cinquenta máscaras Face Shield foram distribuídas nesta quinta-feira (04) pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Projeto Reutilização de Películas Radiográficas para Produção de Protetores Faciais Utilizados na Prevenção da Covid-19. Os beneficiados foram alunos e profissionais da Escola Estadual Vera Simplício, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém.
“A Covid-19 veio assustando todo mundo. Eu achei legal essa máscara, porque vai me proteger. Agora eu estou me sentindo segura, melhor do que antes”, disse a aluna do 5° ano Eliana Carvalho.
Segundo a diretora da Escola Vera Simplício, Ana Lúcia Pereira, os alunos estão sendo muito beneficiados com essa iniciativa. “É uma satisfação muito grande nós não termos só como vizinho uma Universidade, mas sentirmos a Universidade dentro da escola”, ressaltou.
A iniciativa foi idealizada pelas integrantes do Núcleo de Estudo em Educação Científica, Ambiental e Práticas Sociais (Necaps), Shirley Cristina Martins da Silva, concluinte do curso de Pedagogia, e Maria Carolina Carvalho Cruz, aluna do 8º semestre do curso de Enfermagem. O projeto está sendo coordenado pela professora Cássia Regina Rosa Venâncio, integrante do Departamento de Ciências Naturais (DCNA), do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE).
Para confeccionar as Faces Shield foram realizadas coletas de radiografias. Depois, as películas foram tratadas utilizando hipoclorito de sódio. O resíduo usado foi armazenado, para ser tratado posteriormente. A estrutura, a base plástica e o elástico para a regulagem do protetor são produzidos em parceria com a Rede de Incubadoras de Tecnologia da Uepa (Ritu), no laboratório de impressão 3D, localizado no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT).
Proteção- A professora Cássia Regina Venâncio informou que o projeto foi muito especial porque “além de ter a preocupação de recolher esse material tóxico, o projeto reutilizou e transformou em algo importante, que foram esses protetores faciais, durante um momento tão preocupante que o mundo inteiro estava passando. Nós vimos nesse trabalho a oportunidade de favorecer a proteção de indivíduos”, acrescentou.
Segundo a estudante Maria Carolina Cruz, o trabalho contribuiu para a sua formação acadêmica. “Foi uma grande honra participar de um projeto que, além de uma contribuição ambiental e para a saúde, tem uma contribuição social da Universidade com a comunidade. Nós percebemos nitidamente nesse projeto a Universidade trazendo benefícios para fora do núcleo acadêmico”, enfatizou.
Segundo Shirley Cristina da Silva, todas as máscaras foram feitas manualmente, e com as películas também é possível desenvolver outros materiais. “Eu me sinto muito realizada. Acredito que isso foi uma missão, e eu fui preparada para esse momento”, declarou.
Texto: Rebeca Costa – Ascom/Uepa
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