O primeiro Encontro de Gestores dos Hospitais Regionais e Contratualizados, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), ocorreu nesta quinta-feira (04), em Belém, com o objetivo de compartilhar experiências, priorizar atividades assistenciais internas, padronizar serviços e atendimentos, avaliar produção hospitalar e planejar as ações para aperfeiçoar o atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões do Pará.
Durante a abertura, o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, destacou a importância de reunir as direções dos hospitais regionais e dos conveniados ao SUS para o alinhamento das metas de políticas públicas de saúde, que se tornaram mais desafiadoras com as duas ondas da pandemia d Covid-19. “Aproveito para agradecer o empenho de todos, porque sem a participação dos hospitais seriam inviáveis as realizações do governo do Estado, por meio da Sespa, que beneficiaram a população pelo menos nesses últimos 13 meses”, afirmou.
O titular da Sespa lembrou também que, embora todos estejam no mesmo Estado, há diferenças traçadas por regiões de logística e por atuação. “É de suma importância o debate e a troca de experiências, pois precisamos dessa integração, porque o bom relacionamento entre os nossos hospitais oportuniza melhorias nos serviços entregues à população”, avaliou.
Celeridade- Para o secretário adjunto de Gestão Administrativa, Ariel Sampaio, o encontro foi importante para dar resolutividade às situações de cada unidade hospitalar e dialogar sobre as experiências administrativas. “Devo dizer que a Sespa está em dia com os hospitais regionais e conveniados, e que estamos cada vez mais empenhados, como contratantes, em cobrar a resolutividade de todos os envolvidos, porque a população não tem muito a esperar”, informou.
Ariel Sampaio destacou também que a Sespa tem mantido o empenho de disponibilizar soluções integradas em favor da agilidade do atendimento com rastreabilidade e resolutividade, alinhadas à tramitação de documentos pelo Processo Administrativo Eletrônico (PAE), plataforma on-line desenvolvida pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa), com o apoio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad). A plataforma substituiu processos físicos por eletrônicos, melhorando a qualidade da administração pública e integrando diversos serviços em um único ambiente virtual, além de reduzir custos com papéis, insumos de impressão e até combustíveis, que antes eram utilizados nos veículos que transportavam esses documentos entre os órgãos. “Para a Sespa, está sendo uma medida que tem melhorado a experiência da população com os serviços de saúde”, afirmou o gestor.
Resultados- Ao discorrer sobre o cenário atual do SUS no Pará, o secretário adjunto de Políticas de Saúde, Sipriano Ferraz, ressaltou os resultados dos programas implementados pela Sespa, com a participação decisiva dos hospitais. “Com a melhoria dos índices da Covid-19 no Estado estamos prosseguindo com os projetos que iniciamos no ano passado, e um deles é o de continuar disponibilizando portas abertas em ortopedia por todo o Pará. Estamos com seis hospitais que já adotaram esse fluxo de atendimento, e o objetivo é chegar a todos os pontos do Estado”, completou.
Sipriano Ferraz se referiu também ao Projeto Fila Zero, tem trazido bons resultados com a criação dos programas “Obesidade Zero”, “Doenças ortopédicas da infância”, “Pré-operatório rápido” e “Triagem Pós-Covid”, que surgiram a partir da identificação dos principais gargalos no acesso da população a cirurgias e internações.
Segundo o secretário adjunto, o objetivo da Sespa é continuar dando atenção ao combate às sequelas da Covid-19 e reduzir as filas para consultas, cirurgias e atendimento médico que ficaram reprimidas devido à atenção dada às vítimas da pandemia.
Novos desafios- “São resultados que refletem o quanto o SUS é essencial, já que 90% da população do Pará são desprovidos de plano privado de saúde”, informou Sipriano Ferraz. Ele disse aos diretores dos hospitais que os desafios continuarão, seja para atender cirurgias eletivas e diagnósticos represados de câncer, como para lidar com as doenças cardiovasculares, agravadas por fatores que despontaram ainda mais com a pandemia, como sedentarismo, tabagismo, dietas inadequadas, álcool em excesso, pressão alta e diabetes.
Sipriano Ferraz lembrou ainda que o Pará tem sido um dos quatro Estados da Federação com menor número de óbitos por Covid-19 por um milhão de habitantes, e que atualmente o número de casos da doença já atinge os patamares mais baixos desde o início da pandemia, também em função dos esforços empreendidos pelo governo estadual em vacinar a população. “O que vivemos agora é o reflexo do esforço que todos já fizemos, e que continuaremos a fazer, sempre com metas, entrega de resultados e feedback junto à população. E esse encontro é uma oportunidade de alinharmos ainda mais os discursos internos e resgatar momentos pendentes”, enfatizou.
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