A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), por meio de sua Diretoria de Comunicação Comunitária, concluiu hoje mais uma oficina de comunicação comunitária, desta vez sobre produção cultural, e em Ipixuna do Pará, na região do Capim. A programação durou três dias, e foi realizada para compartilhar conhecimento e experiências por meio de cursos de formação voltados à comunidade, e criar polos de comunicação comunitária. As atividades foram desenvolvidas no Centro Pastoral da Igreja Católica desde o dia 9, com cada curso em um próprio espaço, seguindo todas as medidas de segurança contra a Covid-19.
Atuante na área cultura há duas décadas, o servidor público de Ipixuna, Clebyo Ribeiro, de 40 anos, conta que sempre teve dificuldades em recorrer a editais de fomento por falta de experiência com elaboração de projetos. "A gente sempre soube pôr em prática o nosso trabalho, mas na hora de buscar recursos, faltava saber como explicar [no papel], aquilo que fazemos. E quando eu soube que haveria uma oficina de produção cultural, na mesma hora fui atrás", conta.
Clebyo começou com a dança de rua, e hoje acumula experiência nas mais diversas modalidades - folclore, balé clássico, dança contemporânea, jazz etc. Todo esse conhecimento acumulado lhe estimulou a criar um grupo que estimula jovens a também descobrir e desenvolver os talentos por meio da dança, inclusive reconhecido e premiado mais de uma vez. "Sempre estou me capacitando para oferecer o melhor, mas a realidade sempre foi de dificuldades para acessar recursos. Por isso que quando soube do curso disse que não ia perder oportunidade, pois são 20 anos matando um leão por dia - vamos continuar, mas agora tendo essa prática de por onde caminhar, como elaborar, tudo a gente vem aprendendo, coisas que a gente batia a cabeça mas que são tão simples", avalia.
Contribuições- A publicitária Ana Paula Câmara, de 42 anos, produtora cultural participou como instrutura do curso, e focou justamente na lacuna sentida por Clebyo para dar sua contribuição aos participantes. "Pensei nos recursos ofertados pelos editais da Emergência Cultural que estão em andamento nas secretarias dos municípios parados porque as comunidades e os produtores locais têm dúvidas em inscrever e realizar projetos em cultura", confirma.
Ela entende que as oficinas beneficiam participantes que já atuam em seus municípios, como os produtores/fazedores de cultura, a construir o passo a passo das etapas de expectativas e possibilidades de construção e estratégias práticas do produzir cultura. "As oficinas ajudam a motivar, divulgar os editais de cultura ofertados, ajudam a incentivar a continuidade em produzir cultura", garante Ana Paula.
Também da Publicidade, Evelyn Aquino, 35 anos, escolheu falar sobre como as temáticas da Publicidade e Propaganda, que estão relacionadas ao mercado atual, também desenham a trajetória dos conceitos e transformações da área que são importantes, para que as pessoas entendam como e porquê ela funciona da forma que conhecemos hoje.
"O tema é cada vez mais requisitado pelo mercado, que precisa acompanhar e compreender as inovações e transformações tecnológicas, culturais e sociais constantes dos meios de comunicação e seus impactos na vida das pessoas. As oficinas possibilitam um importante espaço de trocas entre os participantes sobre as temáticas desenvolvidas para analisarem o mercado local, investirem em práticas mais eficazes em relação à temática para fomentarem suas atividades econômicas e profissionais e, por fim, criarem um senso colaborativo em relação à cultura e à comunidade", conclui.
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