Com apenas 33 anos de emancipação política, o município de Parauapebas, no Sudeste do Pará, é a capital do ecoturismo de Carajás, uma das regiões de Integração do Estado do Pará. Seu potencial vai além das reservas de minério de ferro; inclui belezas naturais, cultura, gastronomia, Unidades de Conservação e uma reserva indígena, além das espécies da flora e fauna amazônica.
Desde a última quinta-feira (25), o município é o destino anfitrião da 9ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), que ocorre na Estação das Docas, em Belém. No estande do município, o visitante vai conhecer sua história, cultura e demais atrativos.
"Foi uma iniciativa inédita do governo do Estado de, pela primeira vez em sua história, a FITA ter um município anfitrião, num gesto de reconhecimento e valorização da gestão municipal, do trabalho de prefeitos e secretários municipais no fortalecimento do turismo como atividade econômica, geradora de emprego e renda para a nossa população", ressaltou o secretário de Estado de Turismo, André Dias.
Múltiplas experiências- Com um roteiro variado, que oferece turismo de experiência, natureza e de aventura – modalidades que atraem visitantes do Brasil e de outros países -, Parauapebas já possui cinco opções de passeios: Rota das Águas, Rota Carajás, Rota Indígena, Rota do Búfalo e City Tour.
Na Rota City Tour, os visitantes passeiam pelos principais pontos históricos e turísticos da sede municipal. Um deles é o Centro Mulheres de Barro, que trabalha com atividade artesanal de produtos cerâmicos, inspirados em artefatos encontrados por meio de pesquisas arqueológicas.
A Rota das Águas oferece ao turista lagos e balneários, além de trilhas e degustação da deliciosa culinária regional e rural. A comercialização das gemas minerais extraídas no município – principalmente ametistas -, consideradas uma das melhores do Brasil, e a piscina e cachoeira de águas termais, terapêuticas e medicinais, tornaram o Garimpo das Pedras o atrativo destaque da Rota das Águas.
Os amantes do turismo de experiência vão encontrar uma ótima alternativa na Rota Indígena. Entre os atrativos estão artesanato, pintura corporal e pesca nos rios Itacaiúnas e Cateté com artefatos indígenas, além de uma imersão na cultura dos povos nativos, representada pela aldeia Djudjêkô, da terra Xikrin do Cateté.
A 25 km da área urbana, na Rota do Búfalo o turista pode participar de atividades no campo com agricultores locais, que apresentam o processo de plantação, apicultura e a degustação da culinária rural.
Amantes da natureza podem escolher a Rota Carajás, com visitação à Floresta Nacional de Carajás, que dispõe de cavernas ferríferas, trilhas, mirantes, savana, cachoeiras e lagoas de águas cristalinas, além do Parque Zoobotânico de Carajás.
"A expectativa é gigante para a FITA, que tem uma importância estratégica por se tratar de um tema que é a matriz econômica que escolhemos e estamos desenvolvendo para nosso município”, disse o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen.
Observação de aves– Cerca de 600 espécies já catalogadas em Parauapebas classificam o município com a maior quantidade de espécies de aves do planeta, e colocam a Floresta Nacional de Carajás no ranking dos principais roteiros para prática da observação dessas espécies, atraindo pessoas de vários países.
Parauapebas subiu para a categoria B no Mapa do Turismo Brasileiro - programa estruturante que orienta a atuação do Ministério do Turismo e possibilita maior captação de recursos para o desenvolvimento de políticas públicas desempenhadas pelo MTur em estados e municípios.
Para saber mais sobre os atrativos, visitantes e moradores contam com o Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e os postos de Informações Turísticas (PITs), espalhados estrategicamente pela sede municipal. Os servidores participam constantemente de cursos de capacitação. Muitos contam com a parceria do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
Expansão- Com o Programa Municipal de Investimentos (PMI) serão construídos o novo mercado municipal, que contará com teleférico; a nova rodoviária; o Centro Tecnológico de Gemas e Joias; o Complexo Multicultural; o Museu de Parauapebas; um sofisticado teatro e uma arena esportiva, com padrão olímpico para receber competições internacionais.
O PMI também garantirá a estruturação da Rota Carajás, que ganhará uma ponte suspensa em meio à floresta, percurso de arvorismo e circuito, e uma das maiores tirolesas do mundo, com cerca de 2.600 metros de comprimento por 300 metros de altura, com velocidade que pode chegar a 110 km por hora.
Como chegar?- Quem deseja conhecer Parauapebas pode optar por via aérea, ferroviária ou rodoviária. Voos regulares partem de várias cidades do país com destino aos aeroportos de Carajás ou Marabá, a 17 km e 170 km de Parauapebas, respectivamente. A viagem de trem percorre várias cidades do Pará e Maranhão no percurso entre São Luís e Parauapebas. Várias rodovias dão acesso ao município.
Texto: Israel Pegado – Ascom/Setur (Colaboração de Liliane Diniz - Ascom/Parauapebas)
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