A cultura e o lazer são elementos essenciais para a promoção da saúde, desenvolvimento e inclusão de pessoas com deficiência e, nesta sexta-feira (03), em que é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a Feira do Livro e das Multivozes reservou um espaço especial para as vozes da inclusão.
O dia de apresentações começou com um teatro de fantoches com o tema "Projeto Animal: zelo e cuidado sem igual", da Escola Estadual Professor Acy de Jesus N. Barros Pereira. A ação contou com a participação de alunos em diversas áreas da produção.
"Nossa produção contou com a participação de todos os alunos e foi interessante observar como cada um desenvolveu o projeto de acordo com sua aptidão. Contamos com alunos apresentando a peça, mas também tivemos alunos autistas que realizaram toda a produção de fantoches e ficamos contentes com um resultado tão lindo que incentivou a potencialidade das crianças", afirma a professora Roma Arnoud, coordenadora do grupo de teatro.
A manhã seguiu com a apresentação do projeto "Viva a diversidade", protagonizado por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia. As apresentações artísticas culturais ficaram por conta do Grupo Folclórico Vitória Régia, da Fundação Pestalozzi do Pará; do Centro Integrado de Educação Especial (CIEES), com a apresentação "Sons do Pará"; da Unidade Técnica José Álvares de Azevedo da Secretaria de Educação, que há 66 anos trabalha com a educação da pessoa com deficiência visual, com uma apresentação musical; e para finalizar, a apresentação cultural "A garça namoradeira", do grupo de dança da Unidade Técnica Especializada Marly Fontenelle, de Santo Antônio do Tauá.
As performances destacaram a importância da inclusão e da diversidade e promoveram, também, a valorização da cultura regional. Integrante do grupo Pestalozzi, Paulo Miranda dançou Carimbó com grupo e ressaltou a alegria de apresentar uma música paraense após o período de preparação. "Amo a dança e depois de tantos ensaios, é muito bom poder apresentar uma música do Pará que eu e meus colegas gostamos tanto". O dançarino é deficiente intelectual e está no grupo há vinte anos.
Para Ivanir Brito, merendeira da Escola República de Portugal que acompanhou 13 alunos da instituição durante a programação, acompanhar os espetáculos é importante para a formação dos alunos. "Ficamos muito felizes com a realização da Feira este ano e acho muito importante que, dentro do universo da leitura, também sejam apresentados assuntos como a inclusão, para conscientizar nossas crianças desde cedo sobre o respeito", disse.
Um grande diferencial desta edição da Feira é o stand chamado "Planeta Acessibilidade", que conta com cadeiras rolantes disponíveis para visitantes, além da visitação guiada pela feira, realizada pelo projeto "Lamparina Acesa". O projeto também realiza a tradução e interpretação das programações culturais para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a áudio descrição, como forma de garantir a acessibilidade durante a Feira. Os visitantes interessados no apoio devem procurar os guias de acessibilidade no stand e serão indicados para os profissionais de acordo com a necessidade.
Serviço:
A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre até domingo (05), de 9h às 21h, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho.
Mín. 21° Máx. 35°