O encontro realizado nesta quinta-feira (16) na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) deu início a uma nova etapa do Programa Territórios Sustentável (TS), do governo do Estado, que prevê ações específicas para as comunidades indígenas.
Os titulares das secretarias estaduais de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz; e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Raul Protázio, reuniram-se com o representante da Associação dos Povos Indígenas, Ronaldo Amanayé, da aldeia Ararandewa, no município de Goianésia do Pará, com a finalidade de formular as ações do projeto piloto que será realizado na comunidade indígena Amanayé, na região do Rio Capim.
O secretário da Semas informou que o projeto será desenhado junto com as lideranças indígenas e a partir de então, será iniciada a parte operacional em si, prevista para entrar em prática a partir de janeiro do próximo ano.
“O governador já deu autorização para que nós pudéssemos iniciar o programa para atender essa demanda indígena”, informou Protázio, ressaltando que o início das ações, de fato, depende da cooperação das lideranças indígenas. “Do ponto de vista do Governo do Estado, estamos prontos para iniciar as ações; se eles tiverem essa prontidão, a gente consegue iniciar já no próximo mês”, adiantou o gestor.
O secretário Giovanni Queiroz, que durante a realização do Fórum Paraense de Mudanças Climáticas, realizado pela Semas no dia 14 último, ressaltou a importância do atendimento pelo TS aos povos tradicionais, destacou que há a necessidade de se fortalecer a agricultura familiar e o sistema agroflorestal dessas comunidades.
“A participação da liderança indígena hoje nesta reunião fortalece o nosso objetivo que é o de ajudá-los; é uma demanda que vem deles para nós e o governador nos autorizou a ir ao encontro do que eles pretendem; nessa reunião, constatamos que temos o mesmo encaminhamento; vamos estar juntos, alavancando a economia rural também do indígena no estado do Pará”, anunciou Queiroz.
A iniciativa do Governo do Estado, como destacou o titular da Sedap, é inédita e o próprio governador Helder Barbalho pediu que os órgãos envolvidos no TS tocassem o projeto para atender as comunidades tradicionais. “O bom, também, é que esse trabalho foi provocado pelos indígenas, que entendendo a necessidade de se incorporar ao setor produtivo, com tecnologia e ganho efetivo, nos procuraram e, nós estamos aqui, os atendendo”, salientou o titular da Sedap.
Proteção e sustentabilidade -O representante dos Amanayé observou que as ações propostas pelas duas secretarias durante a reunião foram ao encontro das demandas apresentadas pela representação das comunidades indígenas durante a realização do Fórum Climático. “Todos os projetos que o governo do Estado pensa e que nós almejamos, também, são a proteção ambiental e territorial, sustentabilidade e bioeconomia para os nossos povos dentro das nossas aldeias, ou seja, qualidade de vida, bem viver, bem estar e sustentabilidade de fato, para que os nossos povos tenham nutrição, educação e saúde de qualidade”, frisou Ronaldo Amanayé, ressalvando que “não é possível discutir qualidade de vida sem passar pela agricultura familiar de onde se tira a alimentação que é vida”.
A liderança indígena observou, também, que ficou satisfeita com a praticidade e rapidez do governo estadual às demandas feitas ainda esta semana, durante o fórum. “Na mesa de abertura do evento nós propusemos nossas reivindicações e tivemos o retorno de que o governador quer fazer esse trabalho; então vamos trabalhar também e buscar em conjunto, melhorias para nossas aldeias”, concluiu Amanayé.
*Texto de Rose Barbosa (Ascom / Sedap)
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