Este ano, uma das prioridades do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), foi o investimento em ações que fomentam a cultura e a arte. Por meio das edições do Preamar, editais, feiras de economia criativa e de gastronomia, curso de formação em Ópera, Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, entre outras iniciativas, a Secult oportunizou o acesso de fazedores de cultura a recursos e estreitou o contato entre público e artistas, fortalecendo a retomada gradativa da economia no Estado.
De janeiro a dezembro, a secretaria ofertou programações virtuais e presenciais, para estimular o acesso e o fomento à cultura paraense. O Preamar Cabano marcou os 186 anos da Cabanagem e o aniversário de Belém. Já o Preamar da Sustentabilidade foi promovido nos finais de semana de junho para celebrar e conscientizar obre o respeito ao meio ambiente.
Também houve o Preamar Junino que celebrou as manifestações culturais típicas da época com programação online; o Preamar de Verão que ocorreu em todos os finais de semana de julho; e o Preamar da Criatividade com feira de economia criativa.
Na lista das iniciativas da Secult, constam ainda o Preamar da Cultura Popular que contou com exposição, exibição de filmes e clipes paraenses, oficinas, palestras e aulão de ritmos na Estação Cultural de Icoaraci; o Preamar do Círio, programação online e presencial, para valorizar as diversas manifestações do universo simbólico da festa católica; o Novembro da Consciência Negra visando a valorização da luta de pessoas negras por igualdade de direitos; e o Preamar das Festas para celebrar o período natalino.
FEIRA DO LIVRO
Após dois anos suspensa por causa da pandemia da covid-19, a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes retornou ao calendário cultural anual do Estado. Realizada em formato menor, para garantir a segurança do público e o cumprimento das medidas sanitárias, a programação se centrou nos pilares da juventude, inclusão e tecnologia, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, de 1º a 5 deste mês, de dezembro, e homenageou os escritores paraenses Vicente Cecim e Zeneida Lima.
Ao todo, passaram pela Feira do Livro 46 mil visitantes no Mangueirinho, respeitando o sistema de rodízio elaborado pela organização, e mais 2.400 pessoas estiveram no Centro de Ciências e Planetário do Pará, onde ocorreram visitas guiadas. O evento gerou cerca de 600 empregos e movimentou cerca de R$ 3,2 milhões, em livros; e R$ 120 mil, em alimentação; totalizando R$ 3,3 milhões.
Na praça da alimentação da Feira do Livro, denominada Constelação Alimentar, participaram oito empreendimentos de economia solidária e de base comunitária, selecionados nos bairros do Bengui e Cabanagem, atendidos pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz).
A Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes contou com 36 estandes, dos quais, 27 comercializam livros, alcançando cerca de 35 mil livros vendidos. Já o Ponto do Autor, por onde circularam 82 escritores, vendeu 765 livros, movimentando, aproximadamente, R$ 29 mil.
Para fomentar o acesso ao livro e à leitura, o Governo do Pará liberou o CredLivro. Um benefício para professores da rede pública, que investiu R$ 1.4 milhão, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e R$ 296 mil, pela Universidade do Estado do Pará (Uepa).
A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), disponibilizou aos servidores públicos municipais R$ 838 mil, para a compra de livros.
FESTIVAL DE ÓPERA
O Festival de Ópera 2021 do Theatro da Paz priorizou a formação de cantores líricos e técnicos que compõem a cadeia operística do Pará. As aulas começaram no mês de junho, após um criterioso processo de seleção. O Festival teve um investimento total de R$ 1,4 milhão, incluindo a montagem das óperas Die Abriese e Il Tabarro.
Secult investiu R$ 59 milhões em obras do patrimônio material do Pará
O Pará guarda verdadeiros tesouros quando o assunto é patrimônio histórico e o ano de 2021 também foi de grandes investimentos para a salvaguarda, valorização e preservação de edificações que fazem parte da história do Estado.
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, investiu R$ 59 milhões, na reforma, restauro e revitalização de equipamentos de cultura, a exemplo da reforma do Theatro da Paz, do Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari; do Museu de Arte Sacra (MAS), no Complexo Feliz Lusitânia em Belém; além das obras de restauro do Palacete Faciola e do Cemitério da Soledade.
Após nove meses de obras, uma das mais importantes casas de espetáculos da Amazônia, o Theatro da Paz, foi entregue à população em agosto de 2021, totalmente revitalizado. As obras foram iniciadas em novembro de 2020 e receberam investimento de R$ 4,5 milhões.
As intervenções incluíram a fachada; o restauro completo do forro das varandas; pinturas internas e pinturas especiais; reforma das instalações elétricas; substituição das palhinhas das cadeiras e revitalização total do Café da Paz, entre outros serviços, como a reforma completa dos banheiros, adaptados à acessibilidade e com instalação de elementos decorativos inspirados no mosaico do hall de entrada do Theatro da Paz.
A obra incluiu ainda a reforma dos vestiários e do sistema de proteção contra incêndio; a execução de um inovador projeto luminotécnico, que garante a iluminação em todas as fachadas, além da revitalização das calçadas em pedra de lioz . A última grande intervenção no famoso Teatro-Monumento foi há 20 anos.
Outro equipamento cultural que recebeu investimentos foi o secular prédio do Museu de Arte Sacra, no complexo Feliz Lusitânia. Abrigando a Igreja de Santo Alexandre e a Alameda Champagnat, onde estão instalados o Museu do Círio e o Museu da Imagem e do Som. Um investimento de quase R$ 1 milhão, reconstituiu a pintura das fachadas e o telhado, só para dar dois exemplos.
PLANOS PARA 2022
É grande a expectativa para a entrega do Museu do Marajó, no ano de 2022, pela Secult, em Cachoeira do Arari. O equipamento fundado pelo padre Giovanni Gallo esteve entre as prioridades de trabalho e investimentos em 2021.
A obra, de R $3,5 milhões, inclui intervenção na fundação, cobertura, reestruturação da reserva técnica, nova fachada, criação de espaço administrativo, aquisição de mobiliário e ampliação do espaço museal. A iniciativa também abrange intervenções estruturais em outros equipamentos da área de 1.200 metros quadrados do Museu, como a casa e o túmulo com os restos mortais do padre Giovanni Gallo.
O Palacete Faciola - uma das principais edificações da arquitetura da Belém da Belle Époque - foi integrado ao patrimônio do Estado em 2006, e transferido para a Secult em 2012. Embora o prédio tenha sido construído em tempos de esplendor, ele vivenciou anos de falta de uso e abandono.
Em outubro de 2020, o governo do Estado deu início às obras de restauro, revitalização e requalificação do complexo formado por outros dois imóveis contíguos. A obra inclui a restauração das fachadas; recomposição espacial dos edifícios; portas e janelas em madeira; reintegração de pisos e forros; recomposição do sistema de cobertura; reintegração de rebocos e revestimentos internos; urbanização e paisagismo da área externa; instalação de sistemas elétricos, hidrossanitários, de drenagem, acústico, de ar condicionado, logística e de prevenção e combate a incêndio, além da adaptação de um dos imóveis para um auditório.
A partir da revitalização, o Palacete Faciola abrigará o Museu da Imagem do Som (MIS) e o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), e, ainda, terá um espaço multifuncional para atividades ligadas às manifestações e expressões da cultura material e imaterial do Estado. O investimento previsto é de R$ 18 milhões, com previsão de entrega para junho de 2022.
Já o Cemitério da Soledade, caminha para a finalização da primeira fase das obras de restauro e de qualificação para se transformar em um belo parque público. O novo espaço vai abrigar uma área expositiva na capela, além de outras ações culturais, que serão abertas à população.
Para recuperar o patrimônio histórico, que é o Cemitério da Soledade, para a capital paraense, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e da Prefeitura de Belém, via Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), assinaram um Acordo de Cooperação Técnica em julho de 2021. A obra orçada em R$ 16 milhões deve ser concluída em 12 meses.
Mín. 21° Máx. 35°