A Campanha "Janeiro Branco" tem como objetivo estimular a conscientização sobre a saúde mental e os efeitos das doenças psicológicas. De acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, o Brasil aparece em primeiro lugar no ranking como o país que mais se preocupa com a saúde mental.
No Hospital Regional Público da Transamazônica, unidade que pertence ao Governo do Pará e é gerenciado pela Pró-Saúde em Altamira, diversas ações foram realizadas ao longo do mês com foco na saúde mental e emocional dos colaboradores.
Com o tema “O mundo pede saúde mental”, uma programação especial com palestras, sessão de massagem terapêutica e terapia em grupo foi organizada pela Medicina do Trabalho do hospital, em parceria com o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH).
De acordo com a enfermeira do Trabalho, Débora Santos, é importante desmistificar a saúde mental, para que o trabalhador entenda a importância do bem-estar psicológico e saiba procurar ajuda, quando necessário.
Débora destaca que ainda existe muito preconceito sobre buscar ajuda, então, a saúde mental precisa, cada vez mais, ser debatida abertamente. “As pessoas têm vergonha de procurar ajuda psicológica, mas precisamos incentivá-los, mostrar que as doenças mentais podem ser incapacitantes e retirar até mesmo o prazer de viver”, destaca a profissional.
Segundo a psicóloga clínica do HRPT, Beatriz Magalhães, ações humanizadas voltadas à saúde mental são essenciais e servem para fortalecer o cuidado com o bem-estar do colaborador.
“Precisamos implementar o hábito de cuidar da saúde mental para ter uma melhor qualidade de vida e para prevenir doenças, como por exemplo, a depressão e os transtornos de ansiedade”, ressalta a psicóloga.
Alimentação e transtornos mentais
Quem acha que a alimentação não possui nenhuma relação com os transtornos mentais, engana-se. De acordo com a nutricionista Patrícia Lisboa, alguns sintomas causados pela ansiedade, como o estresse e a insônia, podem levar a população a comer de forma desordenada e exagerada.
A especialista explica que alguns alimentos ricos em gordura e açúcar estimulam a liberação de endorfina e serotonina, causando uma sensação de bem-estar, quase imediatamente após serem ingeridos, porém influenciam diretamente no peso. “Por isso, é necessário adotar novos hábitos alimentares saudáveis e nutritivos, que auxiliem a redução destes transtornos”, afirma Patrícia.
Na programação do Hospital Regional Público da Transamazônica, assuntos relacionados à alimentação também integraram as ações do Janeiro Branco, o que chamou a atenção da colaboradora Nayane Bessa, assistente de Gestão de Pessoas.
“Achei interessante a questão da alimentação! Eu não sabia que restringir alguns alimentos pode causar mau humor. Agora, tenho consciência de que, melhorando minha alimentação, também cuidarei da saúde mental”, comenta Nayane.
Texto:Karine Sued/Ascom HRPT
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