Diante do momento de tensão entre Rússia e Ucrânia, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados publicou nota oficial, nesta terça-feira (15), sobre a importância das relações estratégicas do Brasil com ambos os países e a expectativa de que o conflito seja solucionado pacificamente.
A nota destaca o diálogo entre os chanceleres Carlos França, do Brasil, e Dmytro Kuleba, da Ucrânia, no qual o ministro brasileiro reiterou os propósitos da viagem do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, a Moscou, centrada nos temas econômicos e comerciais. "O gesto sinaliza a disposição do país em contribuir positivamente com as relações, evitando mal-entendidos e ruídos desnecessários", diz o presidente do colegiado, deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
O deputado afirma que a comissão tem acompanhando o desenrolar dos acontecimentos e que espera que o seu desfecho tenha a paz como única solução.
"Desejamos a ampliação do diálogo entre as partes, especialmente no âmbito do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU), instância adequada para a resolução pacífica dos conflitos", disse o presidente. "Da mesma forma, acreditamos que o Brasil, na qualidade de membro não permanente do CSNU, pode exercer importante papel de moderação, por meio de sua diplomacia."
Juntamente com a Rússia, o Brasil integra o grupo Brics, formado ainda por Índia, China e África do Sul. O País também mantém relações estratégicas com a Ucrânia, já que abriga hoje a maior comunidade ucraniana da América Latina, com mais de um milhão de pessoas, entre ucranianos e descendentes. O Brasil também abriga a terceira maior comunidade de ucranianos e seus descendentes fora daquele país, depois dos Estados Unidos e Canadá.
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