O governador Helder Barbalho entregou nesta sexta-feira (18) ao Escritório Regional Xingu (ERX/Altamira) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), o Centro de Biotecnologia: Casa de Vegetação, Laboratório de Biotecnologia e Laboratório de Solos, Água e Planta da Universidade Federal do Pará (UFPA), no município de Altamira, no Oeste do Pará. O ato ocorreu na sede do Escritório Regional do Instituto, que atende aos municípios de Placas, Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Vitória do Xingu, Pacajá, Anapu, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Gurupá.
O total de recursos investidos em infraestrutura e aquisição de equipamentos foi de R$1.398.254,71. As conquistas são provenientes de projetos realizados em parceria pelo governo do Estado, UFPA e Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX).
Os investimentos em tecnologia visam potencializar o atendimento do Ideflor aos agricultores familiares de municípios das áreas de influência da Rodovia Transamazônica e do Rio Xingu. Com a entrega do primeiro Centro Biotecnológico: Casa de Vegetação da região, o Instituto passa a promover o melhoramento genético de mudas agroflorestais, cujo resultado é a potencialização da produção e qualidade de agroflorestais, além ampliar, com estudos e análise, a resistência a pragas e outras doenças. O novo espaço foi equipado com estufa e antecâmara, e tem capacidade de produção de 200 a 500 mil plântulas ao ano, dependendo das espécies a serem produzidas.
Os recursos possibilitaram também a instalação do Laboratório de Biotecnologia, com sala e cinco biorreatores de imersão temporária, sala de crescimento, sala de repique (preparação de meios de cultivo) e recepção de materiais vegetais, fundamentais na pesquisa para o desenvolvimento de protocolos destinados ao melhoramento genético vegetal.
Atender às demandas- O Laboratório de Solos, Água e Planta é uma parceria do Ideflor-Bio e a UFPA. O espaço recebeu novos equipamentos, ampliação e obras estruturais, para fomentar a capacidade de análises de solo, com o objetivo de atender às demandas regionais de ensino, pesquisa e extensão, com destaque para o Projeto de Sistemas Agroflorestais (Prosaf) e o Programa Territórios Sustentáveis.
Por meio de pesquisas, o Laboratório realiza análises mais detalhadas do solo, plantas e água, aprimorando as recomendações sobre o tipo e quantidade de nutrientes e demais fatores que possam aumentar o rendimento da produção, considerando que a amostragem do solo é o primeiro passo para que técnicos do Ideflor-Bio e parceiros institucionais identifiquem as necessidades de correção e adubação do solo, visando ao desenvolvimento, à produtividade e à qualidade da agricultura na região.
O governador Helder Barbalho destacou a importância de investimentos em tecnologia para o fortalecimento da agricultura, aliados ao apoio técnico, à capacitação dos agricultores e à doação de insumos e mudas de qualidade, garantindo o desenvolvimento de uma agricultura sustentável. “Investimentos voltados ao pequeno agricultor são compromissos do governo que fomentam a geração de emprego e de renda, e o desenvolvimento da região'', afirmou.
O Centro de Biotecnologia Vegetal e o Laboratório de Solos, Água e Plantas receberam R$ 1.049.254,71, por meio do projeto proposto pelo Ideflor-Bio ao PDRSX.
Parceria- A presidente do Instituto, Karla Bengtson, ressaltou a importância da parceria entre a Universidade Federal do Pará, o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu e o governo do Estado para implementação do Laboratório de Biotecnologia, Casa de Vegetação e laboratório de Solos. Os investimentos, segundo ela, proporcionarão análises e pesquisas mais detalhadas do solo e demais componentes, resultando no aumento da produção de alimentos com qualidade e sustentabilidade.
Karla Bengtson disse ainda que o Ideflor-Bio, por meio do Escritório Regional de Altamira, produziu 1,5 milhão de mudas florestais e frutíferas em 2021, que foram doadas aos agricultores da região, garantindo a segurança alimentar e a redução do passivo ambiental. “O Escritório Regional do Xingu fomenta a recuperação de áreas alteradas e improdutivas através da implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), promovendo um conjunto de atividades, com implantação de viveiros, produção de mudas, mecanização de áreas, capacitações em técnicas de plantio, correção e adubação do solo, além do acompanhamento de agricultores através dos profissionais do Instituto. Nosso grande objetivo é, através desses instrumentos, somar qualidade, eficácia e tecnologia, e oferecer maior suporte aos agricultores familiares da região”, acrescentou a presidente.
De acordo com a professora e coordenadora do Laboratório de Solos da UFPA, campus Altamira, Sandra Silva, o espaço existe desde 1997, mas nunca entrou em pleno funcionamento. Segundo ela, os equipamentos foram adquiridos com recursos do governo federal, por meio do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu.
A professora falou, ainda, sobre a contratação de um químico e de bolsistas, e aquisição de alguns produtos controlados, para em breve atender às demandas dos produtores da Transamazônica e do Xingu. “Para o ensino e a pesquisa, o laboratório equipado representa um grande avanço para as aulas práticas do curso de Agronomia e demais graduações do campus da UFPA. O grande benefício do investimento é a interpretação do solo. Com o resultado das análises podemos alavancar a produtividade e melhorar a correção com a aplicação de adubo mais eficiente. Somos referência na lavoura cacaueira, na pecuária e, certamente, vamos ganhar mais espaço, e assim nos tornamos mais competitivo no mercado”, explicou.
"A inauguração do Centro de Biotecnologia, Casa da Vegetação Laboratórios de Solos, além da inovação tecnológica, proporcionará a ampliação do atendimento para 1.200 famílias e a projeção de plantio para aproximadamente 2.000 hectares de áreas recuperadas por ano, com técnicas de sistemas agroflorestais”, disse o gerente do Escritório Regional do Xingu, Israel Oliveira. O sistema agroflorestal visa à diversificação das espécies cultivadas, produção sustentável, recuperação dos passivos ambientais de áreas degradadas e implementação econômica para a agricultura familiar.
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