Fortalecer o sentimento de alegria, estimular a socialização e promover o bem-estar foram os objetivos principais do “Bailinho de Carnaval”, um momento lúdico-cultural no qual crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer puderam vivenciar a experiência, proporcionada pelo Hospital Oncológico Infantil, em Belém.
O setor de Humanização, com o apoio do Escritório de Experiência do Paciente (EEP) da unidade hospitalar, planejou a atividade como uma ação integrada ao Programa de Voluntariado. A música e a alegria foram garantidas ao público infantojuvenil pela banda Balada Kids, com um repertório repleto de originalidade, espontaneidade e muito carisma.
“Eu e a Maitê, minha filha, fizemos um bailinho com a apresentação de canções de roda em ritmo de marchinha”, disse Guto Risuenho, cantor e compositor que também se dedica às ações voluntárias desde a época da inauguração do Oncológico Infantil, em 2015.
Guto afirma, ainda, que a atividade voluntária destinada ao público infantojuvenil representa algo significativo em sua carreira. “Para mim, é maravilhoso o trabalho que faço. Levar alegria e ações de humanização para crianças hospitalizadas é algo muito especial”, destacou o artista.
Atrações
A coordenadora do setor de Humanização do Oncológico Infantil, Natacha Cardoso, afirmou que o evento foi realizado de modo seguro, respeitando todos os protocolos de segurança impostos pelo período de pandemia.
“É um momento de interação sociocultural que, sem dúvida, contribui fortemente para que o paciente e o seu acompanhante sintam-se acolhidos e percebam que nos importamos com todos eles”, considerou Natacha.
Entre os acompanhantes estava Mayara Silva, moradora do município de Marituba, mãe da pequena Maria Valentina Silva, de um ano e dois meses de idade, internada há cinco meses em tratamento contra um hepatoblastoma (tumor no fígado). Mãe e filha aproveitaram e se divertiram ao som das músicas infantis que animaram a todos os presentes na brinquedoteca do hospital.
“Sei que minha filha é pequena para entender, mas o evento contribuiu para nos distrair, rir um pouco e sair da rotina. É sempre bom ver minha princesinha rindo”, contou Mayara.
Para intensificar o colorido do evento carnavalesco, a inovação marcou presença com outra participação voluntária: a dos robôs futuristas da Anime Fest, com suas luzes neon reluzentes. Eles passaram pelos corredores de todas as unidades de internação do hospital.
A diretora assistencial do Oncológico Infantil, Lorena Portal, explica que o entretenimento é uma importante válvula de escape no ambiente hospitalar. “O trabalho lúdico contribui essencialmente para o enfrentamento de todos as partes envolvidas no processo de hospitalização. Temos tido bons resultados com as atividades de humanização apoiadas pela nossa rede de voluntários”, pontuou a diretora.
O voluntariado no Oncológico Infantil é uma prática que segue o modelo normatizado pela Pró-Saúde, entidade filantrópica que administra o hospital por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
O hospital conta com 64 voluntários, dos quais cada um oferece seu talento, em áreas como música, teatro, corte e costura, pintura, trabalhos artesanais, dança, canto, contação de histórias, palhaçaria, dentre outras atividades.
Texto:Emanuel Jadir/Ascom Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo
Mín. 22° Máx. 38°