Referência do Governo do Estado do Pará em especialidades clínicas e cirúrgicas, em Belém, a Policlínica Metropolitana é uma unidade ambulatorial de média complexidade que tem a capacidade de ofertar 800 atendimentos mensais exclusivos à saúde feminina. No mês de março, comemorado o Dia Internacional da Mulher, especialistas da central diagnóstica, alertam também sobre a importância da prevenção e combate ao câncer do colo de útero, o terceiro mais incidente na população feminina no Brasil.
É que o mês segue o movimento anual ‘Março Lilás’ dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero. Diferente dos índices nacionais, esse tipo de câncer na região norte do País, é o que lidera o ranking de incidência e mortalidade.
A principal forma de detectar as lesões a vir desenvolver a doença, é através do exame Papanicolau, ou seja, do chamado preventivo. É um procedimento simples que analisa amostras de células recolhidas do colo, por meio de raspagem com uma espátula e escovinha. O material é analisado em laboratório e pode detectar lesões pré-cancerosas.
O coordenador de ginecologia da Poli Metropolitana, Wilson Ribeiro Lopes, explicou que outro exame que permite examinar o colo do útero, é a colposcopia. “Na Policlínica, ofertamos a colposcopia. Não ofertamos o preventivo por ser exame característico de atenção primária, serviço prestado nas unidades municipais de saúde”, disse o médico. A colo é feita através de um aparelho que amplia a imagem, entre 10 a 40 vezes, possibilitando que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu.
Mas, o diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido para ser analisada em laboratório e verificar se há células cancerosas. Uma vez fechado o diagnóstico, o ginecologista ressaltou que “as pacientes são encaminhadas para o Offir Loyola”, diz, ou seja, unidade estadual de referência do tratamento de câncer do Pará.
Para Wilson Lopes, o caminho para prevenir a patologia, é o alerta social. “A prevenção do câncer invasivo do colo do útero é feita por medidas educativas, vacinação, rastreamento, diagnóstico e tratamento das lesões subclínicas”, elencou o ginecologista.
Tema
Na edição de 2022, a campanha Março Lilás tem como foco, o combate à subnotificação de registros de câncer de colo de útero já que os números do ano passado foram comprometidos devido às dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), de 2017 a 2020, foram registrados 2.264 casos pelas secretarias municipais, uma média anual de 566 confirmações, já em 2021, apenas 245 novos registros foram feitos. Para 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 720 novos casos registrados apenas no Estado.
A diretora executiva da Policlínica Metropolitana, Liliam Gomes, observa que falar dos cuidados da saúde feminina é a principal arma contra a patologia. “As mulheres precisam se cuidar. Fazer os exames preventivos regularmente, assim como procurar um especialista, para consultas. Caso o surgimento de quaisquer sinais anormais em seu corpo, elas não devem hesitar em procurar um médico. O Março Lilás é um mês de alerta para um dos tipos de câncer mais recorrentes na região norte do Brasil, por isso, as paraenses devem manter cuidados redobrados para a prevenção da patologia”, alertou a gestora.
Saúde feminina
Além das consultas com profissionais de renome na área de atuação, a Poli também garante que a paciente tenha ao seu alcance o que há de mais avançado em diagnóstico por imagem. O centro oferta exames de laboratórios que auxiliam na investigação das doenças sexualmente transmissíveis e nas dosagens hormonais, por exemplo.
A unidade conta com a ultrassonografia transvaginal, ultrassonografia de mama, colposcopia, biopsia de colo uterino e exames laboratoriais que rastreiam as dosagens hormonais e sorologias para doenças sexualmente transmissíveis. Para saber mais sobre o preparo de cada exame específico, os pacientes podem acessar o site da unidade no endereço https://polimetropolitana.org.br/ e na aba 'exames e preparos', se certificam de orientações individuais de cada procedimento.
Para o secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho, a unidade garante um leque de atendimentos à população de todos os municípios paraenses. “Além dos Programas peculiares à Policlínica Metropolitana, o local atende quase 20 especialidades com profissionais que são referência na sua área de atuação. Para saúde feminina, destacamos a presença da ginecologia. Além das consultas ambulatoriais há uma pluralidade de exames para facilitar o diagnóstico de doenças femininas”, destaca o titular da pasta.
A Poli atende mulheres de todas as idades, com queixas ginecológicas e que permitam atendimento ambulatorial e eletivo – exceto as gestantes - pois não há atendimento obstétrico. Entre as principais patologias atendidas, estão: miomatose uterina, cistos ovarianos, lesões ou suspeitas de lesões em colo uterino, doença inflamatória pélvica e climatério.
Atendimentos
Os atendimentos de ginecologia na Poli Metropolitana são oferecidos através da Regulação Estadual, garantindo a observância do Sistema Único de Saúde (SUS). A paciente deverá ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) e sob solicitação médica, será encaminhada à Policlínica, através do Sistema de Regulação do Estado (SISREG). Outra forma de ser atendida na especialidade é através de encaminhamento interno.
Fique atento aos principais sintomas do câncer de colo de útero:
· Sangramento vaginal sem causa aparente e fora da menstruação, podendo acontecer também após a relação sexual;
· Corrimento vaginal alterado, com mau cheiro ou coloração marrom, por exemplo;
· Dor abdominal ou pélvica constante, que pode piorar ao usar o banheiro ou durante o contato íntimo;
· Sensação de pressão no fundo da barriga;
· Vontade de urinar mais frequente, mesmo durante a noite;
· Perda rápida de peso sem estar fazendo dieta;
· Cansaço excessivo;
· Dor e inchaço nas pernas;
· Perdas involuntárias de urina ou de fezes.
Fonte: Ministério da Saúde
Texto: Roberta Paraense/Ascom Policlínica Metropolitana
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