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Enfrentamento à violência contra a mulher é abordado no Ophir Loyola

A palestra do Ministério Público envolveu pacientes e acompanhantes da Oncologia Clínica sobre os tipos de violências

11/03/2022 às 17h00
Por: Lammego Rádio Fonte: Secom Pará
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Foto: Reprodução/Secom Pará
Foto: Reprodução/Secom Pará

Momento da explanação do promotor de Justiça, Franklin Prado, no ambulatório de quimioterapia do hospital
Momento da explanação do promotor de Justiça, Franklin Prado, no ambulatório de quimioterapia do hospital - (Foto: Divulgação)
Física, moral, patrimonial, psicológica e sexual. Os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher estão previstos na Lei Maria da Penha (11.340/06) e foram abordados na manhã desta sexta-feira (11), durante palestra no Hospital Ophir Loyola (HOL). Ministrado pelo promotor de Justiça, Franklin Lobato Prado, o evento ocorreu no ambulatório de quimioterapia da Oncologia Clínica. Além das explanações do promotor, o público presente na ala quimioterápica puderam apreciar uma apresentação musical alusiva ao Dia Internacional da Mulher.

Com o tema “Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher”, o evento foi idealizado pela Ouvidoria do HOL e promovido juntamente com a equipe multidisciplinar do setor da quimioterapia. Profissionais do Espaço Acolher - ambiente projetado para a prática de atividades artesanais e socioculturais para pacientes oncológicos e acompanhantes - identificaram a necessidade de conscientização.

“Durante os trabalhos no Espaço Acolher, os profissionais interagem e conversam bastante com os pacientes e eles expõem medos, ansiedade e se sentem à vontade para falar um pouco sobre si. Infelizmente, algumas mulheres são abandonadas por seus parceiros durante o tratamento de câncer. Há também aquelas que enfrentam ou conhecem mulheres que já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar, mas não sabem como denunciar”, revela a pedagoga e recreadora do espaço, Zoe Cotta.

O trabalho de escuta e acolhimento qualificado realizados no setor foi determinante para que as articulações em prol do evento ocorresse com celeridade. A conscientização de mulheres em situação de violência ou de testemunhas desses crimes é determinante para que o combate seja efetivo.

Durante a terapia, é possível redirecionar o foco e se sentir acolhido, canalizando o tempo para algo dinâmico, como a produção artesanal. Ambiente mais que propício para se abrir e desabafar. “Mediante as escutas, sabemos de questões familiares e situações subentendidas. Somente com um tempo maior de escuta que compreendemos com nitidez do que se trata. É interagindo com as pacientes que avaliamos se ela pode estar passando por um processo de violência, ou até mesmo uma acompanhante, que, às vezes, nem é da família, mas que vem acompanhar por conhecer o paciente a muitos anos, ou que estava nas casas de apoio. Todo mundo tem histórias. Todo mundo traz bagagens, aquilo que vivencia ou já vivenciou”, afirma a psicóloga, Christianne Nascimento.

“Durante esse atendimento, algumas mulheres relataram violência familiar e foi a partir daí que verificamos a necessidade de trazer um especialista que pudesse falar sobre os tipos de violência. É necessário explicar, tanto para pacientes quanto para as acompanhantes, a necessidade de conhecer os seus direitos e de denunciar. A Ouvidoria está sempre presente e nós verificamos, a partir dessa escuta, que seria pertinente trazer essas informações para o ambiente hospitalar”, reforça a assessora da Ouvidoria do HOL, Aderleyse Prado.

SERVIÇO

Para realizar denúncias de violência contra mulher, basta entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher – número 180. O serviço funciona 24h por dia e é gratuito. As delações são registradas e encaminhadas aos órgãos competentes. Também é possível registrar o caso em qualquer delegacia ou contactar a Polícia Militar, pelo número 190.

*Texto de Ellyson Ramos (Ascom Ophir Loyola)

Por Governo do Pará (SECOM)
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