Ampliar o controle de estoque e a eficiência da assistência à saúde é o objetivo da rastreabilidade de medicamentos, implantada pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica e pelo almoxarifado da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O projeto-piloto foi iniciado em fevereiro deste ano na farmácia satélite do bloco centenário, que atende a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, já mostra resultados, com o maior controle e redução de cerca de 30% dos custos.
Carlos Gilberto Vieira, diretor Administrativo da Santa Casa, explicou que o projeto mostra a constante evolução na gestão do hospital. “A conquista da ONA 3 mostrou muita maturidade nos processos da instituição. Dentre eles, temos o aperfeiçoamento da cadeia de suprimentos. Esse projeto tem como objetivo melhorar e aumentar a rastreabilidade de medicamentos e equipamentos desde a entrada dele no almoxarifado até a dispensação para o paciente. A ideia é que a gente consiga enxergar todos os insumos que estão saindo por paciente, para que a gente consiga ter ideia do custo total da nossa atividade de maneira precisa. Para isso, foi necessário investimentos em equipamentos, em software e consultoria do próprio sistema MV, além do investimento de tempo e esforço na melhoria e mapeamento de processos”, ressaltou o diretor.
Para que tudo se processe de maneira correta, é necessário fazer a unitarização e etiquetação com os códigos de barra dos materiais e medicamentos distribuídos para a farmácia satélite, e devidamente registrados no sistema. Após o farmacêutico analisar a prescrição e intervenção no sistema MV, ele libera os medicamentos e materiais prescritos para os pacientes de forma individualizada e registrada.
Isso possibilita um controle muito mais efetivo do estoque de medicamentos do hospital, evitando dispensações desnecessárias. “Com a implantação da rastreabilidade na cadeia de suprimentos é possível prever o provisionamento correto da aquisição de medicamentos e materiais médicos hospitalares, além do indicativo de baixa de estoque, permitindo uma logística mais eficaz, evitando desperdícios, perdas e compras desnecessárias”, disse Glenda Braga, coordenadora da Central de Abastecimento Farmacêutico da Fundação Santa Casa.
Impacto positivo- Norma Assunção, diretora Técnica Assistencial da Fundação, ressaltou o impacto positivo na assistência ao paciente. “A rastreabilidade vem de um projeto implementado na UTI do centenário adulto. A escolha deste local como piloto vem pelo fato de o setor já ter uma farmácia dentro, proporcionando mais facilidade para monitorar a rastreabilidade ao atender à necessidade da UTI. A ideia é garantir que essa medicação não se perca no meio do caminho e também identificar de maneira precisa o paciente que teve possível reação adversa a um medicamento dispensado, conseguindo analisar o processo para fazer uma melhor investigação para garantir a saúde do paciente. Somado a isso, temos o controle do custo das medicações dentro dessa unidade. A ideia é a gente fortalecer esse piloto dentro desta unidade, alinhando 100% os processos, para poder expandir para todo o hospital”, informou.
A previsão é que até o final de 2022 a rastreabilidade já esteja implementada em 70% das farmácias da Santa Casa, que hoje totalizam 10 unidades, atendendo pacientes internados em todos os 486 leitos do hospital. “Dentro da instituição é algo inédito, e que tem uma importância muito grande para todos, equipe de saúde e pacientes, gerando segurança aos envolvidos no processo”, acrescentou Norma Assunção.
Texto: Márcio Bastos – Ascom/FSCMP
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