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China, faminta pela carne brasileira, paga US$ 5,89 mil/t

Esse valor é 15,56% superior ao que foi visto em todo o mês em 2021.

30/03/2022 às 07h00
Por: Joselio de Sousa Reis Fonte: Compre Rural
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O mercado brasileiro do Boi Gordo ainda tem muito o que aproveitar da demanda chinesa. Com uma demanda crescente e estoque vazios, a China segue comprando e pagando bem pela carne brasileira. Esses novos patamares recordes, confirmados em fevereiro, deixam ainda mais em evidencia o potencial que o país tem para fornecer carne com qualidade ao mundo. A china comprou muita carne, está comprando e continuará a comprar durante o ano de 2022, isso é um fato!

Durante a última semana foram exportadas 36,81 mil toneladas de carne bovina in natura, uma média de 7,36 mil t/dia, 30% de recuo ante a média da primeira metade de mar/22. Com este resultado, nos 13 dias úteis do mês corrente já foram embarcadas 121,03 mil toneladas da proteína, como houve uma queda no ritmo dos embarques, reajustamos nossa projeção para algo em torno de 185 mil toneladas embarcadas neste mês.

O preço médio mensal da tonelada ficou em US$ 5,89 mil, um avanço de 0,78% no comparativo semanal. Até o momento, as vendas externas de carne bovina in natura em mar/22 geraram uma receita de US$ 713,28 milhões, montante 15,56% superior ao que foi visto em todo o mês em 2021, quando a tonelada tinha o preço 21,74% inferior, destacando que apesar da redução do ritmo de embarque, as cotações continuam elevadas.

Diante desse cenário, o valor do preço médio para a arroba do boi gordo que atende a esse padrão exportação, segue com preços elevados. Os animais jovens de até 30 meses, seguem apregoados entre R$ 345 e R$ 360,00/@ a depender do lote, praça e forma de pagamento. Lembrando que este preço é composto por um preço base – Boi Comum – e uma bonificação de exportação, que varia entre R$ 25 e R$ 35,00/@.

O Brasil deverá seguir despontando na exportação de carne bovina em 2022, principalmente com destino à China. A avaliação parte do analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, durante palestra realizada nesta quinta-feira (24), durante o Safras Agri Week. Segundo Iglesias, o mercado brasileiro de carne bovina segue bastante sustentado pela forte demanda para o boi padrão China, que vem trazendo uma remuneração diferenciada aos frigoríficos habilitados a atender a esse mercado. “Existe hoje um ágio entre R$ 30 e R$ 40 no valor da arroba destinada à China na comparação com o valor pago pela arroba destinada ao mercado doméstico”, comenta. O analista da Safras destaca que o Brasil atualmente é o mercado que possui as melhores condições para atender ao mercado chinês se comparado a outros países.

“O valor para a produção de uma arroba no Brasil é menor se comparado a mercados como Estados Unidos, Austrália e países do Mercosul, como Argentina e Uruguai. Além disso, tudo indica que haverá uma queda na produção de carne bovina nos Estados Unidos e na União Europeia neste ano. Na Austrália a produção bovina até tende a se recuperar, mas o alto preço da arroba limitará a competitividade do país para atender a outros mercados”, sinaliza. Por conta da boa demanda na exportação e, diante de um cenário de oferta de gado ainda limitada no mercado bovino para este ano, a expectativa é de que o preço da arroba do boi no Brasil permaneça situada entre R$ 340 e R$ 350 ao longo do ano. No que tange à atividade de confinamento, a tendência é de que possa haver um declínio no primeiro giro deste ano em razão de cenário de custos mais elevados no milho e no farelo de soja na primeira metade deste ano.

“A partir do segundo semestre, com uma tendência de melhor oferta de milho, a perspectiva é de que os custos diminuam e a atividade de confinamento possa avançar. Safras espera que possam ser confinados, neste ano, 6,785 milhões de bovinos, com um avanço de 4,34% em relação ao ano passado”, pontua. Em termos de cenário doméstico, Iglesias ressalta que a perspectiva em termos de demanda para a carne bovina segue complicada, em razão dos altos valores dos cortes e do poder aquisitivo limitado da população brasileira. “O preço elevado da carne bovina, entretanto, deve contribuir para trazer suporte às cotações das demais proteínas, como a carne de frango e suína”, conclui.

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