A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou janeiro com alta de 0,53%, uma desaceleração em relação ao resultado de 0,62% em dezembro, informou nesta quinta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número ficou abaixo da mediana de 0,57% e no intervalo das expectativas coletadas pelo Estadão/Broadcast, de 0,47% a 0,66%.
O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,77% até janeiro, ante uma taxa de 5,79% até dezembro. Nessa caso, as projeções iam de 5,71% a 5,90%, com mediana de 5,82%.
O maior impacto nos preços em janeiro veio do setor de Alimentação e bebidas, que teve aumento de 0,59% e contribuiu com 0,13 ponto percentual no resultado. Os destaques de alta foram os preços da batata-inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%).
Na contramão, houve queda em componentes importantes da cesta de consumo, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,57%. A maior contribuição (0,02 p.p.) veio do lanche (1,04%) A refeição, por sua vez, teve alta de 0,38%, acima do mês anterior (0,19%). Os preços de refrigerantes e água mineral (0,81%) e a cerveja (0,43%) também subiram, informou o IBGE.
O único setor que apresentou queda nos preços foi o de Vestuário, com variação de 0,27% em janeiro.
Combustíveis
Os combustíveis ficaram 0,68% mais caros em janeiro. Com isso, o grupo Transportes subiu 0,55% no IPCA, com impacto positivo de 0,11 p.p. no resultado do mês.
Segundo o IBGE, o encarecimento dos combustíveis foi puxado pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda em janeiro.
O subitem emplacamento e licença subiu 1,60%, porque “incorporou pela primeira vez a fração mensal referente ao IPVA de 2023?. Segundo Pedro Kislanov, gerente do IPCA do IBGE, a elevação dos preços dos carros usados também contribuiu para o encarecimento desse item. Também subiram os preços do automóvel novo (0,83%).
Ainda no grupo Transportes, o IBGE destacou a alta de 0,91% dos ônibus urbanos, “consequência dos reajustes de 6,17% no Rio de Janeiro (4,20%), válido desde 7 de janeiro, e de 7,04% em Vitória (4,61%), vigente desde 8 de janeiro”.
“Também houve reajustes de táxi (3,03%) no Rio de Janeiro (7,74%), onde as tarifas subiram 8,88%, a partir de 1º de janeiro, e em Salvador (15,67%), com aumento de 16,74%, em vigor desde 30 de dezembro. Vale destacar ainda os reajustes em praças de pedágio (4,29%) de São Paulo (5,08%), Vitória (4,12%) e Curitiba (2,14%)”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Na contramão, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após subirem 10,67% em dezembro.
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