Com o tema “Que história queremos contar a partir de agora?”, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro será realizada entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro.
A ideia é aproveitar o evento para que as pessoas reflitam sobre as perdas e imposições trazidas pela pandemia de covid-19 e pensem sobre o futuro que desejam construir daqui para a frente, afirmou a diretora da multinacional francesa GL events, responsável pela Bienal, Tatiana Zaccaro.
O evento terá formato híbrido e a programação será transmitida pela internet. “Seguindo todos os protocolos sanitários, visando a segurança e a saúde de todos os envolvidos – público, funcionários, autores –, nós vamos trabalhar com 50% da capacidade do espaço. Todos aqueles que não conseguirem ir, por conta da redução de público ou porque não se sentem seguros de ir até a Bienal ou ainda porque moram longe ou até em outro país, vão poder acompanhar por meio da plataforma digital. Toda a programação vai ser transmitida por streaming”, informou Tatiana.
Os ingressos começarão a ser vendidos no início de novembro apenas pela internet. Os valores dos ingressos ainda não foram definidos.
Uma novidade desta edição da Bienal do Rio é a curadoria coletiva. São ao todo 11 curadores que trazem diferentes visões para conduzir a construção da programação. “A gente buscou pessoas para que esse coletivo traga visão específica de cada nicho que a gente acredita que seja importante estar no conteúdo da Bienal”.
Integram o grupo de curadores a cineasta, produtora e diretora Rosane Svartman; a escritora e cineasta Letícia Pires; a escritora, jornalista e atriz Bianca Ramoneda; o jornalista Edu Carvalho; a escritora, jornalista e apresentadora Ana Paula Lisboa; o ator, roteirista, dramaturgo e escritor Felipe Cabral; a escritora e diretora Claudia Sardinha; o escritor e diretor Julio Ludemir, a jornalista Fátima Sá; a pesquisadora e consultora artística Raphaela Leite; e a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz.
Segundo Tatiana, a curadoria vai definir a programação da Estação Plural, que será lançada nesta vigésima edição da Bienal do Rio. Nesse espaço, serão reunidos autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não ficção –, visando debater com o público as diferentes perspectivas sobre “quem éramos, quem somos e o que vamos ser daqui para frente neste novo horizonte que aguarda a todos”.
Para acesso à Bienal do Rio, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos. Serão exigidos distanciamento entre os visitantes e uso de máscaras. “Seguiremos à risca o que a lei, as autoridades e os comitês científicos dos estados decidirem. Neste momento, é esse o protocolo constituído hoje no Rio de Janeiro para o evento”. Tatiana admitiu que até dezembro, pode haver mudanças, que também serão observadas pela organização da Bienal. Totens com álcool em gel estarão disponíveis em todo o espaço do Riocentro.
Como a Bienal vai trabalhar com 50% da capacidade, os 300 mil visitantes serão admitidos durante os dez dias do evento. Haverá dois turnos diários para entrada na Bienal. Em cada turno, serão recebidas 15 mil pessoas, o que totaliza 30 mil por dia. Na hora da compra do ingresso, o visitante deve agendar o dia e horário em que deseja visitar a Bienal. “Nós fizemos assim justamente para democratizar o acesso, para que mais pessoas possam visitar a Bienal”, completou Tatiana Zaccaro.
A Bienal de Livros do Rio é realizada em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), que há 80 anos representa a classe editorial no país. O presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, acredita que o evento marcará um novo momento para o mercado de livros.
“Além de ser um dos eventos mais importantes da cidade e o maior da indústria do livro no Brasil, a Bienal deste ano representará a materialização dos bons encontros que as histórias proporcionam.”
Para as editoras, Pereira disse que o evento sempre trouxe uma exposição extraordinária para as obras e uma troca direta com o público. "A nossa expectativa é de que o retorno dessa visibilidade e do aquecimento das vendas, que acontece de forma singular durante a Bienal, possa marcar um novo capítulo para o mercado editorial e a validação dos nossos esforços para atravessarmos esse período”, afirmou.
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