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Crescimento da agropecuária paraense depende de tecnologia e mão de obra qualificada

Uma exigência para que a agropecuária paraense desponte ainda mais no cenário internacional, segundo especialista, é o aumento de mecanização, uso de drones e uso dos satélites

25/04/2023 às 07h38
Por: Joselio de Sousa Reis Fonte: O Liberal
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Mercado paraense de agropecuária tem muito potencial de se tornar “a bola da vez”, segundo diretor da Faepa. (Agência Brasil)
Mercado paraense de agropecuária tem muito potencial de se tornar “a bola da vez”, segundo diretor da Faepa. (Agência Brasil)

O crescimento do setor agropecuário do Pará, impulsionado pela estimativa de aumento da população, caminhará de mãos dadas com as novas tecnologias que têm surgido e que podem ajudar o Estado a ganhar ainda mais destaque no mercado. Isso cria uma demanda por profissionais qualificados de acordo com os critérios tecnológicos, o que especialistas consideram um fator fundamental para o sucesso da pecuária e da agricultura locais.

Uma estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que, até 2050, a população mundial deverá atingir a marca de 9,7 bilhões de pessoas, e o crescimento deve aumentar a produção de alimentos em aproximadamente 70%, a fim de atender à demanda global. Diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e zootecnista, Guilherme Minssen considera que o mercado paraense de agropecuária tem muito potencial de se tornar “a bola da vez”, mas que o investimento na capacitação dos profissionais do setor e na tecnologia será o diferencial.

“O Brasil é a bola da vez no planeta para produzir proteína animal e vegetal e, para isso, estamos aumentando muito a produção e diminuindo a área que nós ocupamos, ou seja, estamos produzindo mais e melhor em menos área e, principalmente, com resultados mais eficientes. O Brasil produz o boi mais barato do planeta, e no Brasil a carne mais barata está no Pará. Isso gasta tecnologia. Sem tecnologia não tem como nós resolvermos isso. Precisamos ter a capacitação dos nossos profissionais e, cada vez mais, produzir alimentos eficientes e tudo aquilo que o mercado estiver pedindo”, avalia.

Ferramentas

Uma exigência para que a agropecuária paraense desponte ainda mais no cenário internacional, segundo Guilherme, é o aumento da mecanização e do uso de drones e satélites, sem deixar de lado o tripé “solo, planta e animal”. As melhores tecnologias são as que estimulam a disponibilidade de grãos e sementes, mas, principalmente, diz o zootecnista, a correção do solo, adubação, plantio e colheita.

A professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Luiza Meller, doutora em engenharia de alimentos, afirma que aumentar a produção mundial em 70% só será possível com o uso da tecnologia, e sendo aplicada em todos os níveis da cadeia produtiva: melhoramento de sementes e mudas, plantio, aumento de produtividade, processos de colheita que diminuam as perdas, processamento e aproveitamento dos resíduos para produção de subprodutos e outros.

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